O Festival de Teatro de Pombal, no distrito de Leiria, arranca no sábado com uma peça do Meridional, o primeiro espetáculo de uma programação que inclui 17 apresentações em nove freguesias do concelho.
O festival foi apresentado hoje e, segundo Humberto Pinto, do Teatro Amador de Pombal (TAP), estrutura que assume a organização em parceria com o município, há várias “coisas boas nesta edição”.
“Das melhores novidades é haver teatro. Ficamos sempre felizes por haver teatro em Pombal e o município continuar a apoiar o festival”, disse o responsável do TAP, que é também ator e encenador.
O organizador salienta o “crescimento em número de espetáculos e número de freguesias” abrangidas pela programação, bem como a estreia do recém-criado grupo de teatro da CERCIPOM – Cooperativa de Ensino e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Pombal.
A adesão nas freguesias tem sido uma das conquistas do festival, que este ano dá mais um passo em frente rumo ao objetivo de chegar a todas os 15 núcleos que compõem o município de Pombal, destacou Humberto Pinto: “No ano passado chegámos a sete. Este chegamos a nove. O nosso objetivo, se conseguirmos, é ir trabalhando para, numa destas edições, termos todas as 15 freguesias de Pombal abrangidas pelo festival. Vamos trabalhar com o município para isso”.
Com “às vezes tem mais público nas freguesias do que na cidade”, o festival é reflexo “do carinho e do gosto” com que os presidentes das juntas recebem esta proposta cultural.
“Não só criam as condições para as companhias poderem ir lá como levam o público a assistir. Tem superado as nossas expetativas” e “sido muito gratificante para nós”, diz o responsável pelo festival.
Relativamente à programação, “Do deslumbramento”, do Teatro Meridional, abre o festival no Teatro-Cine de Pombal, no sábado.
Domingo à tarde, há duas propostas: uma na cidade, no Teatro-Cine, com “Silêncio”, do grupo Atos, Pensamentos e Emoções, da CERCIPOM, e outra na freguesia de Vila Cã, onde o TAP apresenta “Lusíadas?”.
Entre Almagreira, Carnide e Vermoil, nos dias 10 e 11 de março, vai andar a Partículas Elementares com a proposta de marionetas para público infanto-juvenil “O nabo gigante”.
Nesses mesmos dias, a Historioscópio – Teatro de Marionetas itinera por Albergaria dos Doze, Abiul e Meirinhas com “No conto da raposa”, também para espetadores mais novos.
Dia 11 de março, há “Concerto para uma árvore”, de Fernando Mota, na Casa Varela, em Pombal, e nos dias 12 e 13 há sessões de “Farol”, da Historioscópio, no Teatro-Cine.
“Ri-te como Jacques!”, da Plateia Protagonista/À la Joie!, chega a Pombal e ao Teatro-Cine no dia 18 de março, no âmbito de uma parceria com o festival Música em Leiria, enquanto a 19 de março o ADAC Teatro leva “8.º Mandamento” ao Salão Paroquial da Ilha.
A companhia do Chapitô sobe ao palco do Teatro-Cine com “Antígona 3 por 3,5” no dia 24 de março, enquanto no dia seguinte o Teatro Amador de Pombal serve “O banquete” no Grupo Desportivo e Recreativo de Vieirinhos, na freguesia de Carriço.
O festival encerra com as artes circenses de “Histórias suspensas”, da Companhia Radar 360º, no dia 26 de março, na praça Manuel Henriques Júnior, em Pombal.
O preço dos bilhetes varia entre os dois e os três euros, porque “vivemos tempos difíceis em que nem todos temos disponibilidade financeira para assistir a espetáculos”, apostando o município em garantir condições “para que todos ou quase todos possam ir ao teatro”, realçou Humberto Pinto.
