“Sabores de Cenoura Algarvia” (Amuse bouche vegan), “Samos de Poejo, Lascas de Bacalhau Confitado e Escabeche” (Entrada de Bacalhau), “Robalo e Bivalves da Costa, Bolhão Pato e Batata Doce da Horta” (Prato de Peixe), “Bochecha de Porco Preto, Favas da Horta e Pezinhos de Coentrada” (Prato de Carne) e uma “Reinterpretação de Arroz Doce Alentejano, limão e Canela” (Sobremesa).
Os pratos constam do menu apresentado pelo chefe leiriense João Pereira e que valeram a vitória na etapa regional centro do concurso Chefe Cozinheiro do Ano (CCA) 2023, realizada ontem, dia 19, na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.
O chefe, de 29 anos, que trabalha atualmente no Hotel Villa Batalha, mereceu a melhor avaliação entre os seis concorrentes em prova. No segundo lugar ficou Pedro Calhau (Davvero Lisboa) e em terceiro terminou Hugo Tarrafa (restaurante Santa Sede).
“Vencer aqui hoje é uma sensação única. Ao longo da prova e falando com o júri fiquei com a ideia de que não daria sequer para chegar ao pódio. Estou consciente dos erros que cometi e dos percalços. Essa consciência fez-me pensar dessa maneira. Ouvir o meu nome ser anunciado como vencedor foi uma sensação extraordinária. Com o menu que apresentei e usando muitos produtos da minha própria horta biológica, tentei sempre elevar e visitar os sabores regionais e tradicionais, venci, estou muito contente”, disse João Pereira, no final, citado em comunicado de imprensa.
A escolha foi feita pelo júri convidado composto por António Bóia (presidente de júri, JNcQUOI, Lisboa), Andreia Moutinho (ACPP, Lisboa), Louis Anjos (CCA 2012; Al Sud, Lagos, com uma estrela Michelin no currículo e antigo aluno da Escola de Hotelaria de Fátima), André Magalhães (Taberna da Rua das Flores, Lisboa) e Paulo Pinto (ACPP, Lisboa). No papel de júri-observador, estiveram presentes a chef Marlene Vieira (Restaurante Marlene, Lisboa) e o chef Vladimir Veiga (Restaurante LAB by Sergi Arola, Sintra).
“O João ganha aqui hoje por se sobressair no que idealizou e concretizou face aos restantes colegas e concorrentes. Foi o que menos erros cometeu, isto tendo em mente que aquilo que eles treinam em 4 horas nos seus espaços, depois aqui, num ambiente e cozinha diferentes não conseguem fazer em 5 horas. Regra geral e de forma transversal, as sugestões apresentadas pelos concorrentes estão mais apuradas na qualidade, técnica e confeção dos alimentos, aqui no Estoril não foi exceção, mas o João foi de entre eles o que mais se destacou. Menos erros deram-lhe a vitória, e no fim do dia é isso que conta, é isso que funciona para quem quer ganhar”, explicou Paulo Pinto, um dos jurados, no mesmo comunicado.
A terceira e última etapa regional do CCA23, o maior e mais antigo concurso nacional de cozinha para profissionais em Portugal, decorre na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre no dia 27 de abril.
Vão estar a concurso António Freitas (Casa Velha, Almancil), Gerson Oliveira (G-Treze, Covilhã), Gonçalo Alpalhão (Restaurante Pica-Pau, Lisboa), João Brás (Restaurante Xisto, Penela), Jeferson Dias (Palmares Ocean Living & Golf, Lagos) e Rogério Barbosa (FeelViana Sport Hotel, Viana do Castelo).
A final está agendada para 24 de maio, em Lamego, município anfitrião para o evento nacional, com a participação dos seis chefes com melhor pontuação nas três etapas regionais.
O atual presidente do Clube do CCA é Ana Magalhães, que passará o título ao próximo Chefe Cozinheiro do Ano, e assim sucessivamente.
A região já tem algumas ligações a este concurso, pois além de Louis Anjos, vencedor em 2012, também o leiriense Luís Gaspar venceu o concurso em 2017.
A organização do concurso é da INTER Magazine e das Edições do Gosto, tem como patrocinadores as marcas Makro, Estrella Damm, ICEL, NX Hotelaria, Bom Sucesso, Costaverde, LAVA e Esporão. Os parceiros são a Rational, Violife, Prochef, Bonduelle Food Service, Alug’Aqui e conta com o apoio das Escolas do Turismo de Portugal, ACPP, Chaîne des Rotisseurs e Rede-T.