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Cultura

Nascentes abre com Ligados às Máquinas, Museu do Comum e um coro “made in” Fontes

Começa ao final da tarde desta quarta-feira, 28 de junho, a segunda edição do festival inspirado na aldeia onde nasce o rio Lis.

Ligados às Máquinas têm trabalhado afincadamente para o original espetáculo que lança a segunda edição de Nascentes

É com um espetáculo único, original e que promete ser tão desconcertante como emotivo, que arranca hoje, 28 de junho, a segunda edição do festival Nascentes. A aldeia das Fontes, freguesia das Cortes, onde nasce o rio Lis, é palco para a comemoração dos dez anos do projeto Ligados às Máquinas, apresentado como “provavelmente a única orquestra de samples em cadeira de rodas do mundo”.

Para comemorar uma década de existência deste projeto de música eletrónica, os elementos da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) estão há várias semanas a trabalhar para apresentar mais logo (19h30) um momento original, que inaugura esta edição do festival Nascentes.

Vários artistas cederam trechos musicais (samples) de vozes e instrumentos para serem manipulados eletronicamente, assumindo-se cada membro de Ligados Às Máquinas como uma parte da orquestra maior, dirigida por Paulo Jacob.

Participaram neste processo contributivo os músicos e artistas Ana Deus, Bruno Pernadas, Cabrita, Carincur, Catarina Peixinho, Coro Ninfas do Lis, Dada Garbeck, Filipe Rocha, First Breath After Coma, Gala Drop, Gui Garrido, Joana Gama, Joana Guerra, João Doce, João Maneta, João Pedro Fonseca, José Valente, Lavoisier, Mano a Mano, Moullinex, Nuno Rancho, Orquestra e Coro da Gulbenkian, Pedro Marques, Retimbrar, Ricardo Martins, Rita Braga, Rita Redshoes, Salvador Sobral, Samuel Martins Coelho, Samuel Úria, Selma Uamusse, Senhor Vulcão, Surma e Vasco Silva.

Mais logo, na nascente do Lis, a abrir o festival, Ligados Às Máquinas vão apresentar músicas antigas e as criações que surgiram daquele manancial de contributos. A organização já ouviu os ensaios e adianta que o rsultado vai “do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music, da música erudita à música concreta, dos sons da publicidade às séries televisivas…”.

A expectativa é que seja “um espectáculo sonoro único, fruto das vivências do colectivo em que vamos encher o rio Lis com lágrimas de emoção”.

Neste primeiro dia do festival organizado pela Omnichord e que é inspirado na natureza, gentes e vivência das Fontes, logo depois (20h30) é inaugurado num armazém da D. Júlia e família o Museu do Comum, que nasceu de um processo de participação de vários habitantes da aldeia.

Em residências artísticas foi revisitado o passado, analisado o presente e projetado o futuro do património humano e paisagístico das Fontes, encarando esse património como matéria viva.

O resultado do processo dá lugar a uma exposição que pode ser vista durante o festival, com as criações artísticas dos objetos, artefactos e matérias que transportam consigo as histórias e os seus personagens.

Este primeiro dia de Nascentes tem ainda uma sessão de “Discos e Petiscos” à hora do jantar, antes da apresentação de outra residência artística: Carincur & João Pedro Fonseca estiveram nos últimos dias a criar uma performance original com um coro que nasceu nas Fontes. A descobrir a partir das 22 horas, no largo da capela.

O festival prossegue todos os dias, com vasta programação musical e atividades para famílias, até 2 de julho. O acesso à generalidade da programação é livre (a exceção é a Jantarada na Aldeia na sexta-feira, já esgotada), limitado à capacidade dos espaços e algumas atividades carecem de inscrição prévia. Mais informação em https://www.nascentes.pt.

Programação

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