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Saúde

Perturbações do sono: como pôr fim às noites mal dormidas?

Insónia, atrasos de fase e apneia são as perturbações do sono abordadas no episódio desta semana do podcast “Mentes Inquietas”.

Indicam vários estudos que, em Portugal, dorme-se pouco e mal. São diversas as perturbações do sono, mas no episódio desta semana do “Mentes Inquietas”, abordam-se as mais frequentes: insónia, atrasos de fase e apneias.

Descrevendo sinteticamente cada uma delas, Daniel Machado refere que a primeira “caracteriza-se por uma necessidade de dormir, a pessoa tem vontade, quer e precisa de dormir, mas não consegue. Portanto, o sono que ela eventualmente consegue dormir é pouco, são poucas horas ou às vezes nenhumas”.

Já um atraso de fase “acontece quando a pessoa consegue conciliar o sono, consegue adormecer, mas faz isso com um atraso”.

Relativamente à apneia de sono, Daniel Machado esclarece: “ninguém vai sufocar por ter uma apneia enquanto dorme, isso não acontece, porque são coisas biologicamente incompatíveis”. Há uma obstrução da via aérea durante a noite, muito associada, por exemplo, à obesidade ou à gordura na região cervical que bloqueia momentaneamente o fluxo de ar aos pulmões”.

O cérebro recebe a informação de que não está a receber oxigenação suficiente e então a pessoa vai despertar para poder respirar. “Se isto acontecer várias vezes por noite, o sono vai ser de muito má qualidade”, refere o médico.

Dependendo da fase de desenvolvimento em que a criança se encontra, as perturbações do sono mais frequente são os pesadelos e os terrores noturnos. Os primeiros verificam-se sobretudo por volta dos 3, 4 anos de idade, explica Graça Milheiro. São sonhos assustadores que a criança tem durante a noite, em que normalmente acorda a chorar e a gritar. “Aquilo que os pais podem fazer para ajudar é mesmo acalmar a criança, falar com ela porque está acordada, pegar ao colo e depois tentar que adormeça”.

Mais tarde, entre os 4 e os 7 anos, podem surgir os terrores noturnos. “São mais assustadores e aqui a grande diferença é que a criança não acorda. Os pais têm a sensação de que ela está acordada, porque está com os olhos abertos e com um ar muito assustado, parece que está em pânico, mas não reconhece os pais, não reage”, adianta a pedopsiquiatra.

Quanto às consequências de noites mal dormidas, Daniel Machado sublinha que, nos adultos, “vai haver mais dificuldades de concentração, de memória, pequenas desatenções, propensão para acidentes”.

Nas crianças, as consequências das perturbações do sono não são muito diferentes. Graça Milheiro aponta: mais dificuldades de concentração em contexto sala de aula, mais dificuldades de memorização, impacto em termos da aprendizagem escolar, mais irritabilidade, problemas de ansiedade e até obesidade.

Neste programa, os dois médicos deixam ainda algumas estratégias que podem ser usadas para melhorar a qualidade do sono.

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