Os serviços de Saúde Pública identificaram até ontem, domingo, 136 casos com a “sintomatologia implicada na toxinfeção alimentar aparentemente associada ao consumo de broa”, mais 28 do que os reportados até ao dia anterior.
Deste total, 35 recorreram a serviços de saúde, e dois encontravam-se sob observação clínica, refere o comunicado do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) datado de ontem mas enviado esta manhã às redações.
Os doentes avaliados “têm apresentado, maioritariamente, quadros clínicos ligeiros, com rápida resolução”, acrescenta na mesma nota, frisando que, apesar de novos casos terem sido sinalizados nos últimos dias, a maioria dos casos “continua a ser identificada retrospetivamente”.
No que toca à distribuição geográfica dos casos, de início circunscritos a concelhos da área de abrangência do Agrupamentos de Centros de Saúde Pinhal Litoral (ACeS PL), “onde se regista a maioria dos casos”, estendeu-se a alguns concelhos dos ACeS Pinhal Interior Norte, Médio Tejo, Baixo Mondego e Baixo Vouga.
Além da investigação epidemiológica e realização de análises laboratoriais de amostras clínicas e alimentares, prosseguem vistorias aos locais de confeção, cadeia de comercialização, distribuição e venda dos alimentos, sendo retirados do mercado os produtos sinalizados, acrescenta o Departamento de Saúde Pública, que nada adianta quanto à eventual origem do problema.
A situação está a ser acompanhada pelos serviços de Saúde Pública locais e regionais do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, em colaboração com as unidades hospitalares, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).