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Caldense António Morgado ambiciona “ser campeão do mundo” de ciclismo sénior

“Quero aprender, aprender muito. O próximo ano vai ser complicado para obter resultados e com muito trabalho. Será para aprender e desfrutar”, anteviu o ciclista das Caldas da Rainha.

Foto de arquivo: FPC

O português António Morgado assumiu a ambição de “ser campeão do mundo” sénior, um dia depois de se sagrar vice-campeão mundial sub23 de fundo nos Mundiais de ciclismo de estrada, em Glasgow, na Escócia.

“Gostava muito de ser um dia campeão do mundo. Já fui duas vezes segundo classificado, vamos ver se um dia consigo levar a camisola e sim, passa por aí o objetivo da minha carreira”, anunciou o jovem ciclista, agora duplo medalhado em campeonatos do mundo de fundo.

António Morgado aterrou ontem, domingo, em Lisboa, pelas 15 horas, e foi recebido na zona de chegadas do Aeroporto Humberto Delgado por um ruidoso aplauso de um grupo de três dezenas de pessoas, composto pela família e amigos.

Nos Mundiais de sub23, Morgado, de apenas 19 anos, acabou a dois segundos do novo campeão, o francês Axel Laurance, após os 168,4 quilómetros entre Loch Lomond e Glasgow que Laurance acabou em 4:04.58 horas. O eslovaco Martin Svrcek foi terceiro.

“Foi preciso muito trabalho para conseguir fazer isto” salientou António Morgado, natural das Caldas da Rainha, que cumpriu o primeiro ano de sub-23 e somou nova medalha em Mundiais depois de em 2022 ter sido vice-campeão do mundo de juniores.

O jovem ciclista alcançou o melhor resultado de sempre de um sub-23 português na prova de fundo. O quinto lugar de Rui Costa em 2008 era o anterior melhor registo, e Morgado tem também o melhor de juniores, precisamente a prata de 2022.

Seguir-se-á, no futuro, o escalão de elite, em que Rui Costa foi campeão do mundo em 2013.

“Foram vários meses aplicados, um por um, para conseguir estar a andar bem nesta fase da época e tudo correu bem”, congratulou-se o promissor ciclista, após novo êxito, e já começou a mirar o futuro imediato.

António Morgado tem já contrato assinado com a UAE Emirates e irá estrear-se em 2024 no WorldTour, a ‘alta-roda’ do ciclismo internacional, onde deseja “aprender”.

“Quero aprender, aprender muito. O próximo ano vai ser complicado para obter resultados e com muito trabalho. Será para aprender e desfrutar”, anteviu o ciclista das Caldas da Rainha.

Na prova realizada no sábado, a seleção portuguesa foi composta por outros quatro ciclistas: Daniel Lima e Alexandre Montez não conseguiram terminar, sendo que Gonçalo Tavares e Diogo Gonçalves concluíram o trajeto em 37.º e 53.º, respetivamente.

Além da prata conquistada por António Morgado, Portugal chegou a outra medalha nos Mundiais que agregam as principais disciplinas do ciclismo, em Glasgow, por Iúri Leitão, campeão do mundo do omnium, vertente olímpica de pista.

Um somatório final de duas medalhas ao qual se acrescenta o honroso desempenho de Nelson Oliveira no contrarrelógio de elite, que ao alcançar o sexto posto conquistou uma vaga extra para Portugal nos Jogos Olímpicos Paris2024.

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