Ourém prepara-se para celebrar a migração e o espírito cosmopolita com o Festival de Setembro. A programação abrange seminários, conferências, exposições, concertos, peças de teatro, visitas ao património cultural, literatura, cinema, instalações artísticas, artesanato e uma oferta gastronómica inspirada nos destinos da emigração oureense.
De 8 a 10 de setembro, a vila medieval de Ourém é palco da iniciativa que aproveita a conclusão da reabilitação do Castelo e Paço dos Condes de Ourém.
O Festival parte da base identitária de Ourém e do espírito cosmopolita do 4.º Conde de Ourém, Dom Afonso, para abordar a relação entre o Património Cultural, a História do Lugar e a Interculturalidade, aponta a organização, a cargo do município local.
De entre a programação, subordinada ao tema “Nós, migrantes”, destaque para os concertos de Aline Frazão (Angola), Selma Uamusse (Moçambique) e Luca Argel (Brasil), os espetáculos teatrais “O descanso na tua voz” (Cão Danado), Trans(H)umância (Kopinxas) e “A Viagem” (Mãozorra), ou os espetáculos e workshops de dança protagonizados pelas associações locais Arabesque e AMBO.
Haverá também espaço para o cinema, com a exibição de vários filmes documentais e curtas-metragens, entre apresentações de livros e visitas guiadas ao património histórico e artístico existente na Vila Medieval de Ourém.
A gastronomia e o artesanato terão presença nos edifícios e ruas do centro histórico, assim como as instalações artísticas e exposições, com destaque para a exposição de fotografia “Por uma vida melhor”, de Gérald Bloncourt.
Em paralelo, o seminário “Trajetórias da emigração portuguesa”, com o apoio do Observatório da Emigração, vai abordar o panorama atual da emigração portuguesa, estando igualmente previstas várias conferências e tertúlias que contarão com a participação da comunidade local e as parcerias do Alto Comissariado para as Migrações e do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia.
A iniciativa contará igualmente com o espaço “Mundo à Volta”, com várias iniciativas dirigidas a famílias, como é exemplo o espetáculo “Sopa de Jerimu”, o encontro com a autora do livro “Emigração. Que palavra esquisita!” e a hora do conto “Filas de Sonhos”, de Rita Sineiro.
O festival é de acesso gratuito e o programa detalhado pode ser conferido aqui.