Assinar

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais
Saúde

Broa pode voltar a ser consumida sem restrições no distrito de Leiria

No total, as autoridades registaram 209 casos de intoxicação associados ao consumo de broa de milho.

A broa de milho pode voltar a ser consumida sem restrições nas áreas geográficas antes consideradas de risco, entre as quais se incluía o distrito de Leiria, informaram ontem em comunicado a Direção-Geral de Saúde (DGS), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

O fim das restrições deve-se “à inexistência de novos casos suspeitos associados a esta toxinfeção [intoxicação alimentar], em resultado da intervenção das autoridades competentes, e da ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado”. No entanto, “caso surjam novos casos, será emitida, se oportuno, nova informação sobre esta ocorrência”.

A investigação laboratorial às amostras de farinhas recolhidas, tanto na broa como nos produtos biológicos – sangue e outros fluidos orgânicos – permitiu identificar “a presença de atropina e escopolamina em níveis muito elevados, resultado compatível com o quadro clínico apresentado pelos casos”.

Também a sintomatologia clínica dos doentes, sobretudo do foro neurológico, o curto período de incubação, a duração dos sintomas, a bibliografia consultada e o contributo de peritos conduziram aos mesmos resultados.

O comunicado revela que “os dados recolhidos demonstram haver fortes indícios de contaminação das farinhas com sementes de plantas do género Datura, infestante que pode estar presente nos campos de milho”. Essa contaminação pode ocorrer durante a colheita do cereal, explicam ainda as autoridades.

No total, foram registados 209 casos de intoxicação associados ao consumo de broa de milho, mas apenas dois se verificaram depois do primeiro comunicado emitido pela DGS, a 10 de agosto. “A evolução positiva deveu-se à estratégia adotada pelas autoridades competentes e à adesão às medidas estabelecidas pelos operadores económicos e pelos consumidores”, refere o comunicado.

As conclusões retiradas da investigação vão levar a DGAV a elaborar uma recomendação técnica e a difundi-la pelos produtores de milho, para um melhor controlo daquele infestante nos campos e após colheita.

A investigação epidemiológica tem sido conduzida pelos Departamentos de Saúde Pública das Regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo, DGS, ASAE, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados