A Câmara de Leiria quer vender 27 escolas do 1.º ciclo que foram encerradas por falta de alunos e arrecadar cerca de meio milhão de euros, disse esta terça-feira (30) à Lusa o vice-presidente da autarquia, Gonçalo Lopes.
O autarca admitiu que uma das razões para a alienação do património prende-se com o facto da câmara viver “fortes pressões de tesouraria” e estimou que “o valor global a arrecadar deverá rondar o meio milhão de euros”.
Contudo, o município também quer assegurar o acesso a fundos comunitários, “para a construção dos 30 centros escolares inscritos na Carta Educativa concelhia, algo que só será possível através de receitas extraordinárias”, esclareceu.
A hasta pública das escolas desactivadas deverá avançar no início do próximo ano, faltando ainda concretizar o registo do património no nome da autarquia e um trabalho elaborado por peritos na avaliação de imóveis.
Neste momento 15 dos estabelecimentos de ensino são ocupados, na sua maioria, por associações de pais e as restantes 12 encontram-se devolutas. O vice-presidente da Câmara de Leiria explicou que estas associações irão beneficiar do direito de preferência na compra dos imóveis e adiantou que ao município já chegaram algumas manifestações de interesse.
As escolas encontram-se situadas nas freguesias de Azóia, Bajouca, Barreira, Boa Vista, Caranguejeira, Carvide, Coimbrão, Colmeias, Maceira, Memória, Milagres, Monte Redondo, Parceiros, Pousos, Santa Catarina da Serra, Souto da Carpalhosa, Cortes e Santa Eufémia. A suspensão da actividade lectiva de dois dos estabelecimentos de ensino, em Crasto, Colmeias, e em Vale Tacão, Santa Catarina da Serra, são já anteriores ao ano 2000, segundo dados fornecidos pela autarquia.
Lusa
Catarina Pedrosa disse:
Eu quero ver como os governantes vão fazer, para tapar buracos, quando já não houver património para vender!