Os batalhenses vão deixar de contar com a devolução de 1% do IRS, no próximo ano. A medida foi aprovada na reunião de executivo municipal da última segunda-feira, tendo sido contestada pela oposição. Os vereadores do PSD votaram contra a proposta apresentada pela maioria eleita pelo Movimento Batalha é de Todos.
“O PSD considera injusto e sem explicação o aumento significativo de impostos que é proposto pela atual maioria que governa o município da Batalha, o que agrava a carga fiscal sobre as famílias e penaliza o rendimento dos Batalhenses em cerca de 150 mil euros”, apontam os vereadores da oposição, em comunicado.
“Esta medida vai contra as expectativas das famílias, em particular das famílias com filhos e que conhecem dificuldades face ao aumento do custo de vida, com a elevada inflação e aumentos sucessivos das taxas de juro dos empréstimos”, argumentam.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, fonte da autarquia da Batalha, adianta que a verba em causa será canalizada para o reforço da componente de apoios sociais.
Na prática, os concelhos têm direito a uma verba retirada diretamente do IRS dos seus munícipes, mas muitos decidem devolver aos contribuintes do concelho, parte do imposto que teriam de pagar. A maioria em funções no executivo da Batalha, decidiu que, no que refere aos rendimentos de 2024, essa devolução não terá lugar.
“O município da Batalha caminha para se tornar um dos concelhos com os impostos mais elevados da região”, criticam os vereadores do PSD.
ValerioPuccini disse:
Parece-me uma excelente escolha do município. Tributar fortemente os cidadãos que trabalham e declaram os seus rendimentos é sempre uma actividade meritória, porque só a Administração sabe “como” o dinheiro deve ser usado e “onde” deve ser gasto. Obviamente também o “quando” e o “porquê”, evitando assim o desperdício e a vanglória.
Em troca, algumas festas aos fins de semana, umas imperial ou um cafésinho no bar e ainda a máxima liberdade na condução do carro. Portanto liberdade para estacionar nas curvas, nos espaços de carga/descarga, para parar no meio da estrada. Em essência, eu diria, uma troca igualitária. A Administração tributa e o cidadão celebra mas com a máxima liberdade, parece pouco? Será criado um canto de reclamação onde os cidadãos assediados poderão gritar a sua decepção… ops… desculpe, você não leva em conta o que escrevi. Eu estava lendo “1984” de Orwell e me envolvi na trama…