As perdas de água no sistema de abastecimento no concelho da Marinha Grande atingiram um valor máximo em 2021, com 1,4 milhões de metros cúbicos que nunca foram consumidos.
Para que se tenha uma ideia aproximada da quantidade de água que desaparece no sistema, estas perdas aproximam-se dos 4 milhões de litros, diários. Este valor é o mais alto da última década e o mais recente revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As perdas na Marinha Grande são as terceiras mais altas, em termos absolutos, entre os concelhos da Região de Leiria.
Mais populosa, Leiria lidera com perdas a rondar os 3,5 milhões de metros cúbicos, seguindo-se Pombal com 1,46 milhões de metros cúbicos de água perdida pelo sistema. A água que se sumiu na rede em 2021, cresceu 15% relativamente ao ano anterior, em que se registaram perdas de 1,22 milhões de metros cúbicos de água.
Todavia, estes números são anteriores às recentes intervenções na rede, nomeadamente no que se refere à requalificação da adutora de Picotes-Marinha Grande, cujo eventual impacto na melhoria do sistema ainda não tem reflexo nestes dados. Em relação a meados da década passada, as perdas quase que duplicaram.
Em 2014, o ano com menor desperdício registado, a rede do concelho perdeu, ainda assim, mais de dois milhões de litros por dia, com um total anual de 751.106 metros cúbicos que nunca chegaram às torneiras.
Adutora e “caça” às perdas minimizam problema
Aurélio Ferreira, presidente da Câmara da Marinha Grande, sublinha que os valores do concelho estão longe dos máximos nacionais ou distritais, lembrando ainda que se referem a 2021, altura em que ainda não era sentido o impacto da intervenção na adutora Picotes-Marinha Grande, um dos pontos com maiores fugas em todo o sistema.
“Temos mais de 50% de água captada nos Alto dos Picotes, e de lá vinha numa adutora até a Guarda Nova. A adutora estava completamente rota”, reconhece.
Contudo, “desde que a [nova] adutora está em funcionamento, eu não perco um litro de água, desde o ponto de recolha, até à entrada na cidade, na Guarda Nova”, assegura.
Embora ainda sem dados concretos da redução de perdas alcançada no último par de anos, o autarca dá conta do esforço efetuado e que contribuiu para descobrir situações de difícil deteção e que tinham significativo impacto no sistema.
“Temos um contrato, já há algum tempo, com o Instituto Superior Técnico para efetuar o estudo das perdas e começámos na zona onde elas foram mais detetadas: a Praia da Vieira. Aí detetamos numa das ruas, – porque somos um concelho de terreno muito arenoso e as fugas de água podem não ser detetadas à superfície – uma fuga de sete metros cúbicos por hora”, refere.
“Imagine-se a quantidade de água que aí se perdeu ao longo do tempo”, refere ao autarca que explica que o estudo das perdas é um processo longo e demorado mas que já revelou resultados. “Estamos a trabalhar, claramente, para reduzir o caudal de perdas de água, e perceber qual é a fonte de onde ela é perdida”, reforça.
1,4
Em 2021, entraram mais de 1,4 milhões de litros de água no sistema de abastecimento do concelho sem que tenham chegado às torneiras dos consumidores, revelam dados do INE
Nota: Artigo atualizado às 13h40 com dados do município.
Valerio Puccini disse:
São as mudanças climáticas, querido… Na verdade, os canos quebram devido às emissões de CO2 e os jovens que processaram os 32 estados “poluentes” deveriam adicionar este capítulo ao processo. Estou a brincar obviamente. 4 milhões de litros de água perdidos na lama da indiferença e da preguiça. Se penso em quantas famílias, crianças, pais e mães poderiam ser saciados em países de seca, com o desperdício de água provocado por uma culposa falta de planeamento e não só em Portugal, sou assaltado por uma sensação de náusea. 6 jovens denunciam a Europa pela sua falta de iniciativa em matéria de “alterações climáticas”, ao mesmo tempo que milhões de litros de água preciosa são deitados fora, literalmente na sanita. Aquela mesma água cuja escassez é atribuída à mítica “mudança climática”, só para evitar que caia no esquecimento. Por que não tentamos uma nova abordagem, de modo a verificar uma possível solução diferente, para variar? Menos conversa e mais fatos. Menos sopro ao vento e mais canos para substituir os quebrados. Menos jovens nas bancadas do Ministério Público nos tribunais e mais encanadores trabalhando. Não…?!?
VP disse:
São as mudanças climáticas, querido… Na verdade, os canos quebram devido às emissões de CO2 e os caras que processaram os 32 estados “poluentes” deveriam adicionar este capítulo ao processo. 4 milhões de litros de água perdidos na lama da indiferença e da preguiça. Se penso em quantas famílias, crianças, pais e mães poderiam ser saciados em países de seca, com o desperdício de água provocado por uma culposa falta de planeamento e não só em Portugal, sou assaltado por uma sensação de náusea e repulsa. 6 jovens denunciam a Europa pela sua falta de iniciativa em matéria de “alterações climáticas”, ao mesmo tempo que milhões de litros de água preciosa são deitados fora, literalmente na sanita. Aquela mesma água cuja escassez é atribuída à mítica “mudança climática”, só para evitar que caia no esquecimento. Por que não tentamos uma nova abordagem, de modo a verificar uma possível solução diferente, para variar? Menos conversa e mais fatos. Menos sopro ao vento e mais canos para substituir os quebrados. Menos jovens nas bancadas do Ministério Público nos tribunais e mais encanadores trabalhando. Não…?!?