A Câmara de Leiria anunciou hoje o adiamento da venda do estádio de Leiria, um dos palcos do Euro 2004, cuja hasta pública estava marcada pra 22 de Setembro.
Em causa estão “formalismos legais”, alega a autarquia em comunicado.
A decisão prende-se com o facto da ata da Assembleia Municipal de Leiria, que autorizou a venda, só ser aprovada e assinada na próxima sessão que se realiza a 30 de Setembro, pelo que a hasta pública só pode ser realizada após essa data.
O município pede 63 milhões de euros por um lote que junta três de quatro frações do estádio: o campo desportivo e as bancadas, assim como outras duas frações, o topo norte e o respetivo estacionamento.
Não existindo interessados no estádio, a autarquia permite a alienação de um segundo lote avaliado em 24 milhões de euros: o topo norte (área inacabada do estádio) e o parque de estacionamento, de 450 lugares.
De fora fica uma quarta fração destinada a reinstalar o centro associativo, um espaço de dois mil metros quadrados situados no topo norte.
O presidente da Câmara de Leiria já admitira à agência Lusa, a 07 de julho, que a alienação não permitirá à autarquia encaixar dinheiro, tanto mais que a construção do estádio e os arranjos envolventes ultrapassaram os 100 milhões de euros.
Raul Castro explicou que a verba a encaixar servirá para pagar empréstimos contraídos para a construção do estádio, não excluindo a possibilidade de devolver verbas de financiamento comunitário.
“Isso não é relevante, o que queremos é eliminar a maior razão do sufoco financeiro do município”, disse então o autarca independente eleito pelo PS.
A oposição PSD votou contra a proposta de regulamento da hasta pública que possibilita a venda do estádio.
Os vereadores do PSD criticam a “inexistência de uma avaliação que suporte os valores apresentados” e “de um estudo que fundamente e analise o impacto que terá [a sua venda] na cidade”.
Entre diversos pontos, os social-democratas defendem que faltam deliberações de órgãos, análise do impacto financeiro da operação e autorizações que viabilizem o negócio.
Lusa
Fernando disse:
"estava marcada pra 22 de Setembro." Então, mas agora com o maldito acordo ortográfico até se corta nos "aa" de "para". Já agora, escrevam "pa"…
Quanto à notícia em si, já estou a ver o parque onde se faz o mercado, ao lado das piscinas e do NerLei (à entrada da cidade, ou ainda fora) a ser pago, para rentabilizar o negócio do parque de estacionamento a quem o compre…