No dia 27 de setembro, seis jovens portugueses estiveram no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos na sequência de uma queixa apresentada contra 33 Estados por inação no combate às alterações climáticas. Portugal devia estar a fazer mais?
Portugal começou muito cedo este processo de transição climática e energética e neste período mais recente estamos a acelerar esses esforços. Fazemo-lo por um conjunto de razões, uma delas é que a emergência climática assim o exige. Quando aprovámos a Lei de Bases do Clima Nacional, o que fizemos foi reconhecer a situação de emergência climática e dar um enquadramento ao país para continuar a apostar na transição. O clima é evidentemente uma das principais razões para as políticas de aceleração da concretização, por exemplo, dos renováveis que estamos a fazer no nosso país. Mas há outras razões que concorrem com esta, como seja o desenvolvimento de uma capacidade industrial. O que pudemos constatar é que as políticas climáticas e energéticas que o país tem vindo a desenvolver permitem-nos reduzir emissões, ter uma economia cada vez mais próxima da neutralidade carbónica e ao mesmo tempo criar emprego, trazer investimento e valor acrescentado.
Ana Fontoura Gouveia: “Leiria pode ser um importante hub de hidrogénio verde e biometano ao serviço do país”
A secretária de Estado da Energia e do Clima acredita que os projetos de hidrogénio verde e biometano, desenvolvidos em Leiria, terão um papel importante no processo de transição energética do país.