O caso foi julgado em março de 2022 e terminou com a condenação dos dois arguidos. Após recurso do Ministério Público e dos arguidos – Elsa Leitão, antiga presidente da Supercoop, que detém o infantário Superninho, e do ex-marido e antigo vogal da instituição, Gil Silva – para o Tribunal da Relação de Coimbra, o processo regressou a Leiria, para supressão de nulidades.
O novo acórdão foi lido no passado dia 25 e confirmou as penas: cinco anos e nove meses de prisão a Elsa Leitão pelos crimes de abuso de confiança agravado, falsificação agravada e furto qualificado; e três anos e seis meses de prisão, suspensa por igual período, a Gil Silva, pelos crimes de abuso de confiança e furto qualificado.
O arguido, que assistiu à leitura por videoconferência, por se encontrar ausente do país, foi absolvido dos crimes de abuso de confiança agravado e de falsificação de documento agravado.
O Tribunal de Leiria julgou ainda parcialmente procedente o pedido de indemnização civil deduzido por Supercoop contra os arguidos, condenando Elsa Leitão ao pagamento de quase 184 mil euros e Gil Silva a pagar, daquele valor, a quantia de 4.789 euros.
O caso “Superninho” foi conhecido em 2017 e acusava os dois dirigentes de terem desviado, entre 2015 e 2017, mais de 184 mil euros da cooperativa para aquisição de artigos e serviços para uso próprio, desde roupa de senhora, artigos de joalharia e cosmética, mobiliário, despesas médicas e até animais de estimação.