O antigo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, considera que a indústria de moldes “tem de se reinventar” para “dar a volta” aos atuais desafios, devendo “todos de trabalhar” em conjunto com esse objetivo.
“A indústria dos moldes é muito particular, mas também acaba por estar ligada ao futuro do nosso país”, afirmou Miguel Frasquilho, que desempenha diversos cargos, entre os quais os de presidente do Conselho Estratégico para a Atração de Investimento Direto Estrangeiro da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e partner da United Business.
No final do jantar-conferência intitulado “Inovação e talento para a internacionalização”, integrado na Semana de Moldes, na terça-feira, dia 21, no Hotel Dighton, em Oliveira de Azeméis, explicou que Portugal “precisa de se tornar mais competitivo, mais atrativo, de reinvestir mais em inovação e de reter talento”.
“Ao Estado peço impostos mais baixos, que obviamente são fundamentais, uma aproximação maior às áreas do conhecimento do mundo empresarial – dos moldes em particular -, às universidades, às instituições de conhecimento, institutos politécnicos, porque a inovação, o saber que está nas universidades tem que ser colocado ao serviço das pessoas, e isso faz-se através das empresas”.
Na perspetiva do partner da United Business, “é fundamental que aquilo possa acontecer, porque não se tem verificado ainda”. “Nós não estamos habituados a trabalhar em conjunto, o que tem de levar a uma mudança de mentalidades e nos moldes também é fundamental”, frisou.
“Só trabalhando em conjunto, com os desafios todos que a indústria de moldes atravessa, nomeadamente por estar muito ligada sector automóvel e à mudança que tem existido, com certeza com um impacto”, será possível ultrapassar a conjuntura atual.
“A indústria de moldes tem de se reinventar. Não é uma coisa que se faz de um dia para o outro, mas que tem de ser pensada, e se for pensada junto das áreas que têm maior conhecimento, maior inovação, maior investigação, maior desenvolvimento, tenho a certeza que acabará por dar a volta e é para isso que têm todos de trabalhar”, concluiu Miguel Frasquilho.