O consórcio responsável pelo aeroporto Magellan 500, proposto para o concelho de Santarém, considera que o projeto “não foi corretamente avaliado” no relatório preliminar da Comissão Técnica Independente (CTI).
“Numa primeira análise”, identificou “erros e vícios graves de avaliação que prejudicam o Aeroporto de Santarém”, como refere em comunicado divulgado na quinta-feira, dia 7, destacando que no “aspeto particular da navegação aérea, a Magellan 500 apresentou um projeto de compatibilização do espaço aéreo, demonstrando que é compatível com a base aérea de Monte Real [BA5]”.
“Este projeto foi formalizado por e-mail enviado à CTI a 27 de março, junto com toda a documentação, num total de dezenas de megabytes de informação, cuja receção foi confirmada. Foi posteriormente objeto duma reunião específica de apresentação à CTI a 21 de abril, e nunca mereceu qualquer resposta formal ou informal ao longo dos trabalhos”, explica o comunicado.
O consórcio adianta que “está neste momento a debruçar-se sobre o atual relatório preliminar da CTI e em tempo oportuno tomará as iniciativas e posições adequadas relativamente à referida ‘inviabilidade’ do projeto Magellan 500”.
Para os responsáveis pelo projeto, “o relatório não coincide com o país real ao nível dos pressupostos. O aeroporto de Santarém foi concebido para aproveitar as infraestruturas existentes, minimizando o esforço dos contribuintes, quando soluções como Alcochete e Vendas Novas implicam um conjunto de infraestruturas que não existem, que exigirão muito tempo e esforço dos contribuintes, e como tal não são comparáveis”.
Por outro lado, consideram “haver muitos outros erros de avaliação comparativa em áreas como acessibilidade ferroviária, coesão territorial, biodiversidade, necessidades de financiamento e tempo de construção”.