A simbologia do Natal transcende as suas origens cristãs e é parte integrante da nossa cultura. É um momento único e singular, em parte apropriado por um crescente mercantilismo. Todavia, o essencial da mensagem permanece presente e, por isso mesmo, não devemos esquecer os que sofrem e são vítimas de infortúnio. O cariz feérico das luzes natalícias não pode ocultar os que estão no limiar da pobreza e da exclusão social. Não se devem esquecer os que foram obrigados a emigrar por o País ser ingrato, os que permanecem nos hospitais por não terem para onde ir, os sem-abrigo e nem todos os que carecem de solidariedade e amparo.
José Vitorino Guerra
Exclusivo
24 de Dezembro de 2023
Tempo incerto: O Natal devia ser para todos
Continuamos a ser um País pobre no contexto europeu, habituado aos dinheiros de Bruxelas para disfarçar as nossas insuficiências.
VP disse:
Ex.mo prof. José Vitorino Guerra, as suas palavras esculpem a pedra do bom senso, aquilo que infelizmente falta à maioria das pessoas. Entre outras coisas, a situação não parece melhor para o futuro de países como Portugal, uma vez que as prioridades da Europa são a adesão da Ucrânia e da Moldávia, a Itália, o terceiro contribuinte líquido, tem uma dívida de 150%, a França está em dificuldades e a Alemanha está em recessão. Depender de transferências da Europa para prestar assistência, mesmo que seja moral e contratualmente correcta (Mastricht), talvez já não seja um sistema vencedor. É hora de discutir algo de novo…?