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José Vitorino Guerra

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Tempo incerto: O Natal devia ser para todos

Continuamos a ser um País pobre no contexto europeu, habituado aos dinheiros de Bruxelas para disfarçar as nossas insuficiências.

A simbologia do Natal transcende as suas origens cristãs e é parte integrante da nossa cultura. É um momento único e singular, em parte apropriado por um crescente mercantilismo. Todavia, o essencial da mensagem permanece presente e, por isso mesmo, não devemos esquecer os que sofrem e são vítimas de infortúnio. O cariz feérico das luzes natalícias não pode ocultar os que estão no limiar da pobreza e da exclusão social. Não se devem esquecer os que foram obrigados a emigrar por o País ser ingrato, os que permanecem nos hospitais por não terem para onde ir, os sem-abrigo e nem todos os que carecem de solidariedade e amparo.