Se a cantiga é uma arma, o lápis ou caneta outrora conotados com a Censura servem agora a interrogação de “Quanta Liberdade?”. O livro espicaça consciências adormecidas e reafirma o espírito da Revolução de Abril. É, afinal, uma provocação de artistas irreverentes e inconformados. Quanta liberdade é esta a nossa? “É essa interrogação que fazemos, a reflexão que propomos a todos. Para uns, liberdade a mais; para outros, falta um Salazar ou um Marcello em cada cidade. Neste equilíbrio entre o que podes dizer e fazer e como o dizes e fazes, está o nosso conceito de liberdade”, explica Gabriel Lagarto, artista e ilustrador da obra, escrita por Rui Garcia. “A sociedade necessita de ser agitada para não se acomodar e perder a capacidade de lutar, de resistir”, reforça o docente que reside em Ourém.
Livro “Quanta Liberdade?” é uma provocação que chega de Ourém nos 50 anos da Revolução de Abril
Ilustrada por Gabriel Lagardo, a obra a lançar em breve dá texto e desenho a 50 canções, de José Mário Branco a Pedro Mafama.