“É ‘a’ compositora”, descreve César Cardoso. O maestro cede este sábado, 9 de março, o lugar a Maria Schneider à frente da Orquestra Jazz de Leiria (OJL), para um concerto muito especial no Teatro José Lúcio da Silva (21h30, 25 euros). A compositora e maestrina norte-americana tem um currículo único: por exemplo, esteve nomeada 14 vezes para os Grammy, vencendo sete prémios.
“É alguém muito especial. Estamos muito entusiasmados. Tocar com a Maria Schneider” – que vem especialmente a Portugal para este espetáculo em Leiria – “é a melhor coisa que pode acontecer nesta área de big bands e composição”, reforça César Cardoso, que neste projeto assume a direção musical, participando ainda em dois solos de saxofone.
O maestro encara bem com a substituição por uma referência como Schneider. “Eles [os músicos] é que podem lidar mal”, diz, divertido, antecipando a exigência que trará não só o repertório como a direção da norte-americana. “Mas é bom vir outra pessoa, com outras ideias, outra forma de pensar a música”.
O repertório “é difícil”, tanto para os músicos – “estamos a dar o ‘litro’ para estarmos preparados” – como, receia César Cardoso, para algum público habituado aos concerto da OJL, com vozes famosas convidadas e programa mais familiar. “Mas também sei que vem muita gente de Lisboa e do Porto de propósito” para o concerto e para uma master classe com Maria Schneider. Logo, “também vamos ter público exigente”.
Depois de ter atuado com Kurt Elling em 2023, agora a OJL volta a encontrar uma referência mundial do jazz. Com a fasquia tão alta, o que segue? “Queremos continuar com esta senda de ter um nome estrangeiro todos os anos. Mas vamos continuar a ter também convidados portugueses”, e o próximo será Paulo Carvalho, num concerto agendado para o final deste ano.