O príncipe Ivan é o pólo positivo, o feiticeiro Kachtchei, “o Imortal”, é o pólo negativo. Como mediador entre a realidade e a fantasia, surge o Pássaro de Fogo, personagem antropozoomórfica, meio mulher, meio ave que, aliando-se a Ivan, se revela precioso para derrotar o feiticeiro e libertar todos aqueles que por ele foram enfeitiçados…
Estreado em 1910, “O pássaro de fogo” foi a primeira colaboração entre o compositor Igor Stravinski e a companhia Ballets Russes, de Sergei Diaghilev. Sucesso imediato, entrou para a história do bailado e da música e é essa composição, de que Stravinski fez uma sintese na forma de suíte em 1911, que está em destaque na abertura do 42º Festival Música em Leiria, na primeira atuação da Banda Sinfónica Portuguesa em Leiria.
O festival do Orfeão de Leiria tem como tema central “Revoluções”, e a Sinfónica, dirigida por Fernando Marinho, preparou para este domingo, dia 17 (17h, 10 euros, M6) um programa intitulado “História e Revolução”.
Além de “O pássaro de fogo”, será interpretado “Journey to the centre of the Earth”, de Peter Graham, e “Concerto”, de Henri Tomasi, com solo do saxofonista Daniel Lourenço, vencedor do Prémio Jovens Músicos em 2022.
Para esta estreia em Leiria – um dos grandes destaques desta edição do festival -, a Banda Sinfónica Portuguesa traz “um programa sinfónico de relevância”, destaca o diretor do festival. António Vassalo Lourenço destaca a presença no alinhamento de “algumas obras que foram marcantes na composição musical ou na história da música”.
Essa é, aliás, a linha condutora desta edição do Música em Leiria. A propósito dos 50 anos do 25 de Abril, o tema “Revoluções” é declinado na programação do festival, em espetáculos que evocam tanto o conceito de revolução política como arte, particularmente na música. O Música em Leiria decorre até 24 de abril.