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Saúde

Há 103 mil utentes sem médico de família na região de Leiria

Apesar do projeto Bata Branca e da contratação de médicos, 26% dos utentes da região continuam sem médico assistente.

Placa sinaliza um centro de saúde
Administração da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria reuniu com representantes das juntas de freguesia dos oito concelhos que abrange

Cerca de 103 mil utentes da região de Leiria continuam sem médico de família. Este número representa cerca de um quarto (26%) dos utentes, considerando os 403 mil inscritos nos centros de saúde dos oito concelhos que integram a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL).

O balanço foi avançado na passada semana pelo presidente do conselho de administração da ULSRL, numa reunião realizada com representantes das juntas de freguesia dos municípios de Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém, Pombal e Porto de Mós, e em que participaram cerca de 60 autarcas.

Reportando-se às principais dificuldades registadas nos cuidados de saúde primários, com destaque para a falta de médicos, Licínio Carvalho reconheceu a percentagem de utentes sem médico de família como “muito significativa”. “Estamos a trabalhar para reduzir este valor, com novas contratações junto de médicos aposentados e prestadores, e com a implementação do programa Bata Branca, já a decorrer em Leiria e em Ourém”, adiantou, citado em comunicado.

26%

Cerca de um quarto (26%) dos utentes dos oito concelhos que integram a Unidade Local de Saúde a Região de Leiria não têm médico de família, num universo de 403 mil inscritos nos centros de saúde

Já Denise Velho, diretora clínica para a área de cuidados de saúde primários da ULSRL, salientou a importância de a ULS integrar nove unidades de saúde familiar (USF) que transitaram para o modelo B.

“É preciso agora motivar as equipas de profissionais das dez Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) que temos a avançar para uma candidatura para USF-B”, defendeu a responsável, acrescentando estar a ser também analisada “a reorganização de alguns pólos de saúde para melhorar os cuidados prestados às populações”, de modo a torná-los “geograficamente mais razoáveis na resposta e no acesso”.

Os autarcas tiveram, por sua vez, oportunidade de abordar situações a melhorar, tendo ficado em aberto o agendamento de nova reunião no prazo de seis meses, adianta ainda a nota de imprensa.

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