À tradição das tasquinhas e do festival de folclore, que regressam no fim de semana, a Barreira junta a partir desta sexta-feira uma nova aposta: o Festival do Visconde.
Até domingo, no Jardim do Visconde, concretiza-se a ideia que a escultora Susana Moniz alimentava há algum tempo. A apresentação do projeto de requalificação do jardim e da casa, que prevê a criação do Solar das Artes, foi o impulso que faltava.
A própria artista mostrou as suas criações no espaço verde no ano passado, uma experiência que se revelou “tão importante”, que decidiu, em articulação com a União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, lançar em 2024 o Festival do Visconde. Neste “ano embrionário”, estão em destaque os artistas da Barreira. “Temos muitos, com trabalhos incríveis”, salienta a mentora, que espera, futuramente, abrir o festival a outros criadores.
Nesta edição de estreia há propostas para muitos gostos: desde a coletiva de pintura com seis artistas, à antologia com 12 poetas, passando pela tertúlia sobre “Gentes de Abril”, dança, música e dois projetos bastante especiais: a investigação de genealogia que Mário Henriques empreende há 20 anos sobre os naturais da Barreira desde o século XVII – incluindo a árvore genealógica do Visconde, com 18 metros de comprimento e um link para os barreirenses conhecerem a sua genealogia; e a apresentação de filmes de eventos na freguesia, registados desde 1986 por Rui Moniz.
O futuro do Festival do Visconde está ligado ao desenvolvimento do jardim, cuja requalificação deve avançar no início do próximo ano e, mais tarde, do projeto do Solar das Artes, mas também “à população da Barreira”, salienta Susana Moniz.
“Temos uma ligação muito estreita com aquele jardim, com recordações muito boas”. Novas memórias começam a ser construídas no Festival do Visconde a partir das 19h30 deste dia 14, até domingo.