O escutismo na região Leiria-Fátima assinala agora 100 anos de atividade e para comemorar há um extenso programa pensado até ao final de 2025, em vários concelhos da região e reunindo milhares de escuteiros em diversos eventos.
O tema das comemorações é “100 anos à volta da fogueira” e o programa arranca em agosto com a realização do ACAREG 2024, o último Acampamento Regional do 1º centenário, entre os dias 5 e 11 de agosto na Quinta do Escuteiro, na Batalha. São esperados neste evento cerca de 1.200 escuteiros. Haverá uma celebração eucarística com a presença do bispo da Diocese de Leiria-Fátima, José Ornelas.
Nos dias 19 e 20 de outubro, decorre na Marinha Grande a abertura do “Ano Escutista” da região com o JOTA/JOTI, a maior atividade escutista internacional.
Trata-se de um evento escutista digital e de rádio, que pretende promover a amizade e a cidadania global. Dois milhões de escuteiros, espalhados por todo o mundo, vão estar em contacto através da rádio amador e da internet.
Também no dia 19, 34 agrupamentos de escuteiros da região vão juntar-se na Marinha Grande para assinalar a abertura do “Ano Escutista” e das atividades regionais. São esperados entre 1.500 e 1.800 escuteiros.
Em 2025, a cidade de Leiria vai acolher as celebrações do aniversário do fundador do escutismo, Baden Powell. O programa conta com diversas atividades, espalhadas pela cidade nos dias 22 e 23 de fevereiro, e dinamizadas quer por escuteiros, quer por associações, escolas, empresas e outras entidades. A noite de domingo termina com missa presidida pelo bispo José Ornelas.
O aniversário propriamente dito, dos 100 anos do escutismo de Leiria-Fátima, é no dia 20 de março de 2025. De acordo com o programa, será descerrada uma lápide junto à Sé de Leiria, local onde nasceu o escutismo da região de Leiria.
Nos dias 5 e 6 de abril, decorre a peregrinação regional a Fátima e no dia 21 de junho o arraial escutista, com mostra de saberes e tradições dos escuteiros. O local está ainda por confirmar.
Entre dezembro deste ano e abril de 2025, estão previstas várias atividades para celebrar os patronos das secções. E no final de 2025, em novembro, decorre um congresso sobre o futuro do escutismo na região.
O programa foi divulgado no passado dia 17 de junho, no auditório do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Aurélio Ferreira; do bispo da Diocese de Leiria-Fátima, José Ornelas; do chefe da Junta Regional do Corpo Nacional de Escutas (CNE), Pedro Nogueira; da vereadora da Câmara de Leiria, Ana Valentim; do vereador de Porto de Mós, Marco Lopes; entre outros responsáveis regionais e locais do CNE e de técnicos de alguns dos municípios da região.
Na cerimónia, Aurélio Ferreira salientou que o centenário “é um momento importante para o escutismo, especialmente o da nossa região. (…) Se chegámos até aqui, é porque há muito mérito envolvido. Poucas são as instituições que conseguem essa longevidade, mas o escutismo conseguiu e acredito que continuará”.
O autarca disse ainda que “o escutismo é uma boa escola para nós, pais e educadores, que ajuda a formar bons cidadãos”, ensinando “coisas que os seus elementos não aprenderiam em mais lado nenhum”.
Elogiando o dinamismo e empenho do Agrupamento 36 da Marinha Grande, que está a organizar o JOTA/JOTI, o presidente da Câmara reconheceu ser uma honra ser o município anfitrião.
Por seu turno, o bispo José Ornelas, citado em comunicado, disse que se trata de uma data “muito importante e significativa para aquilo que somos hoje, num mundo onde todos falamos dos jovens e temos dificuldade em mobilizá-los”.
“O escutismo ensina solidariedade, atenção ao planeta e ao ambiente” e que “iniciativas como estas são importantes para passar valores à sociedade. O escutismo preocupa-se com as pessoas, fazendo-as crescer com responsabilidade”, escrescentou.
O chefe regional do CNE, Pedro Nogueira, lembrou que, ao longo deste século de escutismo, “gerações de escuteiros passaram pelos nossos agrupamentos, adicionando as suas próprias páginas à nossa longa e admirável história”. “Temos sido um exemplo na promoção de fraternidade e solidariedade, não só entre escuteiros, mas também com a comunidade em geral. Através de inúmeras atividades, projetos de serviço e iniciativas de desenvolvimento pessoal, temos tocado a vida de muitos”.