Os três homens detidos em Alcobaça por roubo na quarta-feira, dia 26 de junho, foram detidos na sexta-feira, dia 28, na sequência da greve dos funcionários judiciais em curso.
Segundo a agência Lusa, os três indivíduos, um dos quais praticou o ilícito na posse de arma de fogo, foram soltos sem ser presentes a interrogatório judicial no tribunal de Leiria para aplicação de medidas de coação.
Com idades compreendidas entre 18 e 31 anos, os suspeitos foram detidos esta quarta-feira, dia 26, após assaltarem um estabelecimento comercial na localidade de Cela, concelho de Alcobaça. Todos têm antecedentes criminais por resistência e coação, furto, roubo e homicídio na forma tentada.
São ainda suspeitos da prática de um roubo ocorrido no passado dia 18 de junho, na Nazaré.
De acordo com notícia da Lusa, entre uma a duas dezenas de detidos foram libertados na quinta e sexta-feira sem serem ouvidos por um juiz, devido à greve dos funcionários judiciais, que impossibilita cumprir o prazo de 48 horas para primeiro interrogatório judicial.
A greve foi convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) para todas as tardes de segunda-feira a sexta-feira e manhãs de quartas-feiras e sextas-feiras, o que em alguns dias da semana implica uma greve em contínuo ao longo de um dia e meio.
O presidente do SOJ, avançou à agência noticiosa que, além da libertação de vários cidadãos detidos em todo o país, foram adiadas diligências, como buscas, e operações policiais, “algumas de grande envergadura”, como “medida preventiva”, segundo Carlos Almeida, para evitar que os detidos nessas operações acabassem por ser colocados em liberdade devido à greve em curso, que não tem serviços mínimos decretados.
A paralisação dos funcionários judiciais visa a revisão da tabela salarial, o pagamento do suplemento de recuperação processual integrado no salário a 14 meses e a abertura de concursos de promoção e entrada na carreira.