A Câmara da Marinha Grande aprovou ontem a reabilitação do edifício onde funcionou uma albergaria, no centro tradicional, para ser transformado na primeira residência de estudantes do concelho, um investimento de cerca de três milhões de euros.
Numa nota de imprensa, a autarquia explica que aprovou a reabilitação da Albergaria Nobre para residência de estudantes e a abertura do concurso público para a realização da obra.
“O projeto de reabilitação do edifício da antiga Albergaria Nobre, localizado na Rua Alexandre Herculano, prevê um investimento de 2.993.316,80 euros, a que acresce o IVA”, adianta o município, referindo que o espaço vai ter um total de 50 unidades de alojamento, com um número total de 76 camas, distribuídas por três pisos.
Segundo o município, a futura residência vai ter quatro tipos de unidades de alojamento, 20 quartos individuais, 20 quartos duplos, seis estúdios e quatro quartos adaptados (para utilizadores com deficiências motoras), sendo que todas as unidades de alojamento têm acesso privativo a uma instalação sanitária.
Já as zonas de utilização comum contemplam cozinhas com zona de refeições, sala de convívio, terraços exteriores e uma sala de estudo/biblioteca.
“A solução considera uma reinterpretação do vidro da Marinha Grande, utilizando grandes planos de vidro e um acabamento de fachada na cor verde garrafa na fachada do piso 1 e do piso 2”, salienta a autarquia, esclarecendo que o projeto propõe, também, uma relação com o pinhal através do acabamento exterior no piso 0, reinterpretando a cor do tronco e que, com o verde dos pisos superiores, relaciona cromaticamente o edifício com a imagética do pinhal.
“O projeto desenvolve-se em volta de um pátio interno, aberto à comunidade, acessível pela Rua Alexandre Herculano”.
À agência Lusa, o presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, afirmou que o objetivo é iniciar a empreitada no último quadrimestre.
“O início da obra vai depender sempre da parte da contratação, ou seja, se há empresas que vão responder ao anúncio e depois fazer tudo o que é a parte burocrática. A nossa intenção é que em setembro tenhamos capacidade para poder iniciar a obra”, declarou.
Aurélio Ferreira adiantou que os trabalhos vão durar 10 meses, pelo que a previsão é a de que no verão de 2025, “daqui a um ano praticamente”, a obra esteja pronta, para o ano letivo 2025/2026.
O autarca disse que o edifício da antiga albergaria foi adquirido pelo anterior executivo e que será morada de alunos do Politécnico de Leiria, instituição que tem no concelho a unidade de investigação Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto.
Esta é uma obra financiada quase na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência, vai ser coordenada pelo município e a gestão da futura residência de estudantes caberá ao Politécnico de Leiria.
Aurélio Ferreira destacou a importância do investimento para o concelho: “Tem duas partes fundamentais. A primeira é trazer para o centro da nossa cidade jovens”, disse, realçando, igualmente, a reabilitação de “um espaço que foi, em tempos, icónico, a Albergaria Nobre”.
O presidente da Câmara acrescentou que “uma obra desta dimensão, de três milhões de euros, há muito tempo que não se faz na Marinha Grande”.
