A colheita da Maçã de Alcobaça começou com a previsão de uma campanha “10% inferior à do ano passado e 30% inferior a uma época normal”, anunciou a Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA).
Apesar de maior em “10% no que se refere ao número de frutos, formaram-se com crescimento mais lento e consequentemente mais pequenos”, adiantou na segunda-feira, dia 2, considerando que este facto se deve “a alterações relacionadas com o aquecimento climático, em especial nesta campanha durante o período de inverno”.
Em contrapartida, salienta a APMA, “resta a enorme satisfação de o menor crescimento se traduzir em frutos mais ricos, mais concentrados em sólidos solúveis, em minerais e em fitonutrientes”.
Há também “a esperança de que as variedades tardias, como as maçãs do tipo Reineta, Granny Smith e Fuji, possam recuperar as produções perdidas”.
A campanha deste ano, apesar das dificuldades climáticas, “decorreu sem grandes problemas de pragas e doenças, beneficiando de práticas sustentáveis e da introdução dos primeiros Eco Pomares de Maçã de Alcobaça”.
A APMA representa um consórcio de 500 famílias de produtores, que produzem oito grupos de variedades, num total de 50 milhões de quilos de maçã, ou seja, 400 milhões de frutos certificados.