Mais de 16 mil bilhetes foram vendidos para estreia em Portugal de Rockin’1000 – A Maior Banda de Rock do Mundo, levando a organização a lançar mais 3.500 entradas para o espetáculo de sábado no Estádio de Leiria.
O anúncio foi feito pelo diretor executivo da promotora MOT – Memories of Tomorrow. “A venda superou as nossas expectativas”, assumiu Tiago Castelo Branco.
“Tinha um ‘feeling’ que iríamos esgotar mais tarde, na sexta ou no próprio dia, conhecendo o público português. Mas ultrapassámos a expectativa que tínhamos”, afirmou hoje o responsável, numa conferência de imprensa no Estádio de Leiria.
Com as entradas para a bancada nascente esgotadas e para a bancada poente à beira disso, “dada a enormíssima procura, vamos abrir a bancada sul superior”, com capacidade para 3.500 pessoas.
Os bilhetes para Rockin’1000 – A Maior Banda de Rock do Mundo foram comprados a partir da Rússia, Emirados Árabes Unidos, América do Norte ou Brasil, entre outras origens.
O afluxo de público a Leiria faz com que a capacidade hoteleira esteja “completamente esgotada, tal como em Porto de Mós, Monte Real, Pombal, Batalha, Marinha Grande e também em Fátima deve estar quase. Dá para perceber a amplitude e impacto económico que [o evento] tem”, notou.
A par disso, o apelo para que famílias de Leiria acolhessem músicos, vai permitir receber em 50 casas 82 músicos.
“Os ingredientes estão todos lançados”, resumiu Tiago Castelo Branco, a cinco dias do espetáculo.
Em Leiria, no relvado, vão estar mil músicos de 20 nacionalidades, com prevalência para os portugueses, que serão 713. Itália é o segundo país mais representado, com 69 intérpretes. O cantor português Pedro Abrunhosa é o convidado especial da noite, num espetáculo que vai contar com a presença de outro vocalista mediático, Nick Cester, da banda australiana Jet.
“Há duas ou três coisas que estão a distinguir Leiria de São Paulo, Madrid, Paris, Frankfurt, que é por onde andaram nas últimas edições”, destacou o organizador.
Uma é “a nível musical”, porque “a presença do Nick Cester é um ponto alto”. Outra é “aquilo que os músicos vão encontrar em Leiria, que nunca encontraram antes”.
“Já falei com músicos portugueses que vão estar aqui e que já tocaram noutros países e todos me disseram que o acolhimento, aquilo que lhes vamos oferecer a nível de experiência, as famílias de acolhimento, o catering, a mobilidade [será diferenciador]”, acrescentou.
A caminho de Leiria, para responder às exigências da produção do espetáculo, estão vários camiões com origem na Bélgica, Holanda e Itália.
“Não temos em Portugal empresas, nem em consórcio, que tenham capacidade para responder tecnicamente ao que é exigido. É uma operação muito complexa”, disse o organizador, avançando, a título de exemplo, que “só com colunas vêm quatro camiões TIR”.
No relvado do estádio de Leiria vão estar um total de 1.000 músicos amadores e profissionais: 200 bateristas, 300 guitarristas, 200 baixistas, 50 teclistas e 250 cantores.
Durante duas horas, vão interpretar grandes clássicos do rock internacional, sem esquecer o rock português.
O alinhamento anunciado inclui temas de Nirvana, Metallica, Rage Against the Machine, AC/DC, Foo Fighters, The White Stripes, Linkin’Park, Blur, Muse, Green Day, Coldplay, Pink Floyd e Oasis, além de “Fazer o que ainda não foi feito”, de Pedro Abrunhosa.
Para Leiria, o espetáculo é encarado como um “virar de página” na organização de eventos, notou o vereador Carlos Palheira.
“É a maior produção feita na cidade e o maior concerto. Tenho o desejo de que, uma vez por todas, entremos neste campeonato também”, o “campeonato [de concertos como os] dos Coldplay”.