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Saúde

Hospital de Leiria sem urgências de obstetrícia e de pediatria no fim de semana

No hospital de Peniche, o serviço de urgência geral encontra-se também encerrado esta sexta-feira.

Urgência Pediátrica de Leiria fechada entre as 9 horas de sábado e as 9 horas de segunda-feira

O Serviço de Urgência Ginecológica/Obstétrica do hospital de Leiria volta a encerrar esta sexta-feira, 13 de setembro, às 9 horas, para reabrir ao exterior na próxima segunda-feira, dia 16, às 9 horas.

A informação consta do portal do Serviço Nacional de Saúde e, à semelhança de situações anteriores, é justificada com a falta de recursos humanos para assegurar as escalas da urgência.

De acordo com o mesmo mapa, também a urgência de Pediatra do Hospital de Santo André encerra no fim de semana, entre as 9 horas deste sábado, dia 14, e as 9 horas de segunda-feira, dia 16.

mapa de escalas de urgências abertas e fechadas a nível nacional pode ser consultado no portal do SNS, estando a informação disponível a sete dias, sendo atualizada diariamente.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem apelado às utentes para “ligar sempre para a Linha SOS Grávida [808 24 24 24] antes de se deslocar a um serviço de urgência de Ginecologia”.

Já na área da Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste, o mapa refere o encerramento da Urgência Pediátrica do Hospital de Caldas da Rainha a partir das 20 horas desta sexta-feira, até às 8 horas de amanhã, sábado. O serviço volta a encerrar na segunda-feira, às 14 horas, para reabrir portas ao público às 8h30 de terça-feira.

Em Peniche, a medida afeta o serviço de Urgência Geral do Hospital São Pedro Gonçalves Telmo, que se encontra encerrado esta sexta-feira, até às 24 horas.

PCP exige medidas para evitar encerramentos periódicos das urgências em Peniche

Considerando “inaceitável” o encerramento do Serviço de Urgência do Hospital de Peniche vários dias durante o mês de setembro, “por períodos de 24 horas ou de partes de dia”, o PCP exigiu esta semana ao Governo medidas urgentes para resolver o problema, que “garantam o preenchimento das escalas de serviço e o seu funcionamento regular”.

Questionado pela agência Lusa, o conselho de administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) Oeste, onde se integra o Hospital de Peniche, admitiu “um ‘deficit’ de profissionais”, que tem vindo a agudizar-se desde o verão “devido à saída de três médicos, por opção própria”.

Segundo a administração, a saída destes profissionais levou a “dificuldades significativas para assegurar a composição das equipas do serviço de urgência e que, até à data, não foi possível resolver por falta de médicos interessados para prestar serviço” na unidade.

A ULS Oeste, que serve 235.231 mil pessoas, assegura duas urgências médico-cirúrgicas (nos hospitais de Caldas da Rainha e Torres Vedras), uma urgência básica (em Peniche), duas urgências pediátricas (em Caldas da Rainha e Torres Vedras) e uma urgência de ginecologia/obstetrícia (em Caldas da Rainha).

Junto aos serviços de urgência médico-cirúrgicas funcionam duas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e junto ao serviço de urgência básica uma Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV).

“Atendendo às necessidades anuais em horas para os diversos serviços de urgência” nas referidas unidades hospitalares “verifica-se que, no global, as disponibilidades internas dos médicos do mapa de pessoal apenas asseguram 40% das necessidades”, esclareceu o conselho de administração.

No que respeita ao Serviço de Urgência Básica de Peniche, “a dependência de prestação de serviços é de 100%, uma vez que esta tipologia de urgência integra médicos não especialistas, os quais não podem celebrar contratos de trabalho com as ULS, por não integrarem a carreira médica”, acrescentou.

Considerando que a localização “não é facilitadora deste trabalho de recrutamento ativo de recursos, o CA afirmou ter vindo a aumentar “o valor hora pago aos profissionais médicos que desenvolvem atividade na urgência de Peniche”, mas, ainda assim, “não foi possível captar o número de médicos suficiente para as necessidades” , estando prevista para breve a entrada em funções de mais um médico “que irá suprir algumas das dificuldades da escala”.

Apesar dos constrangimentos do Serviço de Urgência de Peniche, “em momento algum foi posto em causa o atendimento aos utentes urgentes da região, já que, nestas situações, os utentes são transferidos para outras unidades, de acordo com a sua condição clínica”, refere o CA na resposta enviada à agência Lusa.

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