A campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a Covid-19 começa na sexta-feira, 20 de setembro, nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nas farmácias.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacinação é recomendada e gratuita, nas unidades de saúde, para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, profissionais e utentes/residentes de estruturas residencial para pessoas idosas (ERPI), similares e Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), e pessoas com patologias de risco.
A vacinação nas unidades do SNS também é recomendada a grávidas e profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados de saúde, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes, prestadores de cuidados a pessoas dependentes e profissionais de distribuição farmacêutica, pessoas em situação de sem abrigo e estabelecimentos prisionais.
Nas farmácias comunitárias, podem ser vacinados utentes entre os 60 e 84 anos de idade.
A vacinação contra a gripe com dose reforçada é, este ano, alargada às pessoas com 85 ou mais anos de idade, para além dos residentes em lares de idosos e dos utentes da rede de cuidados continuados integrados. “Esta vacinação decorrerá nos centros de saúde, permitindo agilizar toda a sua logística”, realça a DGS em comunicado.
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O Governo vai gastar 7,6 milhões de euros com a vacinação contra a Covid-19 e a gripe nas farmácias e quer ter mais pessoas vacinadas até ao final de novembro, segundo uma portaria publicada, no dia 4 de setembro, em Diário da República
A presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) afirmou, entretanto, que “as farmácias comunitárias estão totalmente preparadas para vacinar a população”.
Citada pela Lusa, Ema Paulino apelou à população para seguir as recomendações das autoridades de saúde e vacinar-se, frisando que “as vacinas são seguras e eficazes” e “evitam doenças graves”.
Já a Associação de Farmácias de Portugal (AFP) lamenta que as farmácias tenham ficado excluídas de vacinar pessoas com mais de 84 anos contra a gripe.
“A AFP defende que a vacinação em farmácias é fundamental para garantir a equidade no acesso à saúde, entendendo que a decisão de limitar a vacinação em farmácias a pessoas entre os 60 e os 84 anos desconsidera as necessidades dos cidadãos mais idosos”, adianta em comunicado.
Manifestando “profunda preocupação com os critérios de elegibilidade” estabelecidos para a campanha sazonal contra a gripe que se inicia no dia 20, a AFP considera que o alargamento da vacinação em farmácias para todos os cidadãos com 85 ou mais anos facilitaria o acesso à vacina a um grupo etário com mobilidade reduzida e que, por essa razão, tem dificuldades de deslocação aos centros de saúde, especialmente em zonas mais remotas.
Perante isso, a AFP pretende que as farmácias sejam autorizadas a administrar as vacinas contra a gripe do contingente do SNS a todos os cidadãos com mais de 84 anos, “sem cobrar qualquer taxa adicional ao Estado”.
“Esta medida daria a estes utentes a possibilidade de serem vacinados nas farmácias mais próximas da sua residência, facilitando o acesso à vacinação e aliviando a sobrecarga do SNS”, sustenta a associação.
