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Famolde faz 40 anos e enfrenta novos desafios internacionais no Grupo GLN

GLN Famolde celebra 40 anos integrada em grupo que fortalece a competitividade

Futuro A modernização dos processos produtivos e a procura de novos mercados são prioridades estratégicas da empresa da Marinha Grande para responder ao aumento dos desafios a nível internacional

A GLN Famolde celebra este ano o seu 40.º aniversário, assinalando quatro décadas de inovação, resiliência e adaptação ao mercado global. Fundada em 1984, na Marinha Grande, a empresa destacou-se ao longo dos anos pela sua especialização na produção de moldes de alta precisão para diversas indústrias, como a eletrónica, embalagens e produtos médicos.

Um dos momentos mais marcantes da sua história recente foi a integração no Grupo GLN, em 2016, numa aquisição estratégica que assegurou a continuidade e o fortalecimento da GLN Famolde. “É crucial que as pessoas compreendam que fazer parte do Grupo é o que vai garantir a sua continuidade. Não estamos a perder a nossa identidade, estamos a integrá-la num projeto maior”, explica o CEO do Grupo, Rui Ângelo.

A integração da área de moldes (GLN Molds e GLN Famolde) foi planeada para preservar a identidade forte da nova unidade, ao mesmo tempo que se cria uma cultura organizacional comum. “Ao longo dos anos, houve um esforço significativo para desenvolver uma cultura comum entre as diferentes unidades do grupo. Contudo, a identidade da GLN Famolde foi preservada, embora o logótipo tenha sido atualizado para incluir o nome do grupo, refletindo a fusão das marcas”, refere Rui Ângelo.

Esta integração trouxe diversas vantagens para ambas as partes. A GLN Molds, até então focada principalmente na indústria automóvel, beneficiou da experiência da GLN Famolde em sectores diversificados. Esta diversificação foi uma das principais razões para a concretização da aquisição. A estratégia revelou-se acertada, fortalecendo o grupo num período de crescentes desafios no sector dos moldes, marcado por uma forte concorrência global.

Este negócio foi uma decisão importante para o Grupo, pois permitiu-lhe expandir a sua presença em novos mercados. Por outro lado, a unidade adquirida alcançou maior estabilidade financeira e uma estrutura organizacional essencial para enfrentar os desafios do mercado mundial.

Reorganização interna

A integração das empresas tem sido gradual e, embora a reorganização interna já esteja bastante avançada, ainda há aspetos externos a consolidar. “A reorganização interna está em curso, mas em termos de imagem externa essa fusão ainda não é totalmente visível. Acreditamos que, com o tempo, será mais evidente”, admite Rui Ângelo, prevendo que o fortalecimento da marca GLN Famolde será cada vez mais notório nos próximos anos.

Por outro lado, o CEO do Grupo destaca que “as pessoas são o maior ativo da GLN Famolde”. “Temos trabalhadores que estão connosco há 30 ou mais anos, e essas pessoas são fundamentais para o sucesso da empresa. Estamos a garantir que o seu conhecimento seja transmitido às novas gerações”, afirma, reforçando o valor da tradição aliada à modernização. De facto, um ponto crucial do sucesso da empresa ao longo dos seus 40 anos tem sido o equilíbrio entre a experiência dos trabalhadores e a inovação contínua.

Internacionalização

Fundada em 1984, na Marinha Grande, a GLN Famolde construiu ao longo de quatro décadas uma sólida reputação no sector, destacando-se pelo fornecimento de moldes para indústrias exigentes. Desde o início, a sua atividade foi sempre marcada por uma forte aposta na exportação, fornecendo moldes para sectores como brinquedos, cosmética e embalagens, com destinos que incluem países como a Alemanha, Suíça, Bélgica e os Estados Unidos.

Esta estratégia de internacionalização e diversificação continua a ser decisiva. Com a globalização e o aumento da competitividade, especialmente de países como a China e a Índia, a modernização dos processos produtivos e a procura de novos clientes são agora prioridades estratégicas. “Temos trabalhado para manter a identidade da GLN Famolde, mas também para integrá-la plenamente no Grupo GLN. A sua história é importante, mas temos de nos adaptar aos tempos modernos. Estar integrado no grupo é o que garante a nossa sobrevivência e nos permite enfrentar os desafios de um mercado globalizado”, conclui Rui Ângelo.

Fundação | 1984

Administração | Rui Ângelo e Rui Santos

Volume de negócios | Superior a 6M € (2023)

Colaboradores | 74

Instalações | 6.500m2

Atividade | Conceção e produção de moldes de elevado teor técnico para injeção de termoplásticos de pequena e média dimensão. Design, engenharia e desenvolvimento de produto.

Exportação | 100%

Mercados | Europa e América (Norte e Sul) 

Clientes | Indústrias da eletrónica, eletrónica automóvel, material elétrico e outras

Os grandes desafios são a competitividade na área comercial e a parte operacional

Rui Santos
Diretor da Unidade de Negócio Moldes na GLN (Administrador)

Qual é a área de atuação da GLN Famolde?

Os moldes que fabricamos são de alta precisão e técnicos. Não fazemos moldes de grande dimensão, apenas até 5 toneladas. O nosso mercado atua principalmente na indústria eletrónica e médica, e fabricamos peças com elevada tecnologia. Temos clientes na Europa (80%) e nas Américas, tanto do Sul como do Norte.

Como está a decorrer a integração no Grupo GLN?

De uma forma muito natural e estruturada. Apesar da mudança histórica que ocorreu com a transição para a GLN Famolde, conseguimos manter as pessoas-chave nos seus postos, preservar o seu ‘know-how’ e integrar novas pessoas, para garantir a transmissão desse conhecimento ao longo do tempo. A valorização do capital humano é essencial e a GLN considera que as suas pessoas são os pilares e o “DNA” da sustentabilidade da organização, que pretendemos preservar e continuar a desenvolver.

Tem sido possível conjugar esse know-how com inovação?

Conseguimos preservar os alicerces da organização. Temos colaboradores que estão na empresa praticamente desde o seu início, mas que continuam a inovar e a desafiar-se, mantendo uma mentalidade de melhoria contínua. Agora, é chegada a altura de começarem a transmitir o seu legado aos mais jovens, que também têm integrado a organização.

A GLN Famolde está a competir num mercado muito complexo?

No passado, a competitividade era local. Contudo, com a globalização, enfrentamos hoje uma grande ameaça da China e da Índia, que é desleal, pois não competimos em condições de igualdade no mercado. Neste contexto, estes últimos dois anos têm sido os mais desafiantes dos últimos 30, dado que o sector está a atravessar grandes dificuldades.

Há também competição interna?

Sim. É necessário fazer uma forte prospeção comercial, estar constantemente à procura de novos clientes para assegurar as encomendas e otimizar a capacidade disponível. No passado, os clientes vinham até nós e diziam: “preciso deste molde”. Hoje, somos nós que temos de ir ao encontro dos clientes, compreender as suas necessidades e adaptar-nos aos seus requisitos.

Quais são os grandes desafios que a empresa enfrenta?

Os dois grandes desafios são a competitividade na área comercial e a parte operacional. Na parte comercial, precisamos de ter um plano muito sólido, para consolidar parcerias com clientes estratégicos, ao mesmo tempo que fazemos prospeção de novos clientes e produtos. Na parte operacional, o foco é a eficiência produtiva. Temos de continuar a inovar constantemente, melhorar a nossa eficiência e automatizar os processos ao máximo para reduzir os impactos na produção. Estes são os dois principais desafios e as nossas áreas de atuação para o futuro, com o objetivo de mitigar os riscos e garantir a nossa sobrevivência e representatividade no mercado por, pelo menos, mais 40 anos.

Da esquerda para a direita: Marco Jesus, Rui Gomes, Sérgio Pinho, Cristina Dantas, Mário Silva e Mário Coelho

Para mim, a GLN Famolde é como uma segunda família. A transição trouxe coisas novas e nós tentamos mostrar cada vez mais o que somos. Adaptamo-nos às novidades e trabalhamos em prol do cliente, porque é ele que nos faz mover.

Marco Jesus | Chefe da Equipa de Montagem de Moldes

A decisão de deixar uma grande empresa para me juntar à GLN Famolde foi facilitada pelo acolhimento excecional que recebi desde o primeiro contacto. A forma como fui tratado, tanto como pessoa quanto como profissional, foi um fator decisivo. Já na altura evidenciou aquilo que ainda hoje continua a ser, apesar dos fundadores já não estarem entre nós.

Rui Gomes | Responsável de Engenharia do Desenvolvimento

A razão principal pela qual decidi ficar na GLN Famolde foi a receção calorosa e o ambiente desafiador que encontrei. A sensação de pertencer a uma segunda família é algo que realmente faz a diferença. Além disso, o desafio dos moldes técnicos contribui para minha satisfação profissional.

Sérgio Pinho | Responsável da Produção

O acolhimento e o espírito de entreajuda na GLN Famolde são excecionais e foram fundamentais para a minha decisão de permanecer. A aquisição pelo grupo trouxe um novo capítulo de crescimento e oportunidades, transformando a abordagem à gestão, preparando-nos para enfrentar qualquer desafio com confiança e agilidade.

Cristina Dantas | Responsável pela Produção de Plásticos de Albergaria

A fusão das áreas comerciais representou uma grande vantagem, pois agora conseguimos responder de forma mais ágil e eficiente às necessidades dos clientes. O espírito de equipa é notável e cria um ambiente de trabalho positivo e colaborativo. A interação dos seus membros é o que realmente diferencia esta de outras empresas onde trabalhei.

Mário Silva | Diretor Comercial

A transição de uma empresa familiar para um grupo teve grande impacto, mas foi essencial para o crescimento da GLN Famolde. Esse passo foi crucial para a continuidade e a estabilidade da empresa, permitindo-nos evoluir e alcançar novas metas. Sem essa mudança, talvez não tivesse conseguido atingir o sucesso e a posição que ocupa hoje.

Mário Coelho | Responsável de Erosão
  • 1984 – Fundação da Famolde na Marinha Grande, por Joaquim Martins, José Ruivo, Carlos Leal e Hermenegildo Januário, num período de expansão do sector de moldes em Portugal;
  • Década de 1980 – A empresa começa a exportar moldes para brinquedos, cosméticos e embalagens, principalmente para fábricas na Alemanha, Suíça, Escandinávia, Bélgica e os Estados Unidos. E, também, entra no segmento de peças sofisticadas e tecnicamente evoluídas;
  • Início dos anos 1990 – O primeiro grande movimento de modernização na Famolde ocorre com a substituição de estiradores por computadores e a introdução de máquinas CNC e centros de maquinagem;
  • 1999 – A empresa é vendida a uma companhia norte-americana do sector de cosméticos, POP Displays International;
  • 2002 – Joaquim Martins readquire 100% do capital, transformando-a numa S.A;
  • 2003 – Criação da Unidade de Ensaios e Unidade Produtiva de Suporte à Área de Injeção de Plásticos;
  • 2016 – Aquisição da Famolde pela GLN;
  • 2017 – Modernização das Unidades de Ensaios e Produtiva de Suporte à Área de Plásticos; Uniformização do Laboratório de apoio transversal ao Grupo GLN com aquisição de Nova máquina de Tomografia;
  • 2024 – Criação na Logomarca GLN Famolde