O representante dos comerciantes da região reivindica o fim das portagens na A-19, a autoestrada que funciona como variante da Batalha ao IC2.
A medida “aliviava os custos mensais das empresas, potenciava ainda mais o setor do turismo” e, por consequência, “seria uma mais-valia para o comércio da região sobretudo nos territórios da Batalha, Leiria e Porto de Mós”, argumenta Lino Ferreira, presidente da ACILIS – Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria.
Aquela autoestrada, com cerca de 16 quilómetros de extensão, entrou em funcionamento em novembro de 2011. A nova via surgia como resposta a uma antiga reivindicação que pretendia desviar o trânsito da zona frontal do Mosteiro da Batalha, procurando minimizar os efeitos da poluição no monumento.
Todavia, o facto de a via contar com portagens pagas – ao contrário do que estava previsto para a variante inicial – mereceu a contestação desde logo dos atores locais, tendo-se multiplicado as tomadas de posição no sentido de abolir ou atenuar o impacto das portagens no troço.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria , a Câmara da Batalha e os vários partidos políticos tomaram, ao longo dos anos, posição sobre a matéria, mas a recetividade governamental tem sido diminuta.
Seis vezes mais tráfego em 13 anos
A tomada de posição de Lino Ferreira, divulgada esta manhã em comunicado, reforça esse argumento que tem sido, frequentemente, assumido na região.
Em concreto, o líder da ACILIS defende que “o Governo pode dar uma excelente ajuda aos empresários da região se avançar com a abolição das portagens na Variante da Batalha, à semelhança da decisão que tomou sobre o fim das portagens nas ex-SCUTS, designadamente A13, A13-1, A22, A23, A25 e A28 a partir de janeiro de 2025”, aponta o comunicado.
Segundo os dados do mais recente relatório relativo ao tráfego rodoviário, a A19 registou, em junho deste ano, um tráfego médio diário de 12.712 veículos. Este valor é seis vezes maior que o registado no início de funcionamento da via, contrastando com os 2.264 veículos da média ponderada de junho de 2012, no primeiro ano de funcionamento.
Eos disse:
Auto-Estrada há borla?
Quem paga ?
Será que não pensam nisso?
Quem grandes estradas pro outros depois pagarem!