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Sociedade

830 quilos de cocaína apreendidos em armazéns de Alcobaça e Pombal

Foram ainda detidas nove pessoas, numa operação que desmantelou uma rede criminosa organizada nas regiões do norte, centro e de Lisboa e Vale do Tejo.

Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu cerca de 830 quilos de pasta de coca em armazéns nos concelhos de Alcobaça e Pombal, além de “centenas de litros de químicos, benzinas, ácidos, precursores e outros”, anunciou a autoridade policial.

A ação, durante a qual foi apreendida “toda uma estrutura apta a transformar pasta de coca em cloridrato de cocaína”, decorreu na sequência da operação “Bola de Neve”, que desmantelou uma rede criminosa organizada que se dedicava ao abastecimento de laboratórios de produção de droga nas regiões do norte, centro e de Lisboa e Vale do Tejo.

Foram também apreendidos cerca de 31.500 euros em dinheiro, documentos, 12 veículos, dois empilhadores e um monta-cargas, material de corte e transformação da droga, aparelhos de comunicação e outros dispositivos eletrónicos para contra vigilância, armas de fogo e munições.

Além desta busca, a PJ realizou outras 54 e deteve nove pessoas. As detenções foram feitas por alegada prática dos crimes de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa, branqueamento de capitais, resistência e coação sobre funcionário e condução perigosa de veículo rodoviário.

Os suspeitos foram já presentes a juiz para primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.

A operação, que foi desencadeada também em Vila Nova de Famalicão, Matosinhos, Maia, Paredes, Leiria, Óbidos, Caldas da Rainha, Alfeizerão, Coruche e Azeitão, identificou uma célula no norte de Portugal que comprava grandes quantidades de produtos químicos para abastecimento dos laboratórios artesanais, sendo depois a droga enviada para outros países por via rodoviária.

“Este grupo organizado, de cariz internacional, dedicava-se também ao tráfico de estupefacientes (cocaína-base), importados por empresas de fachada, devida e legalmente constituídas, a partir de um país da América do Sul. A droga vinha dissimulada no interior de cocos e depois era extraída e transformada em cloridrato de cocaína em laboratórios artesanais montados para o efeito”, revelou ainda a PJ.

A investigação estava em curso desde o início do ano, a cargo dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga e de Leiria, com o apoio da Diretoria do Norte e da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes.


Secção de comentários

  • Francisco Job disse:

    A possibilidade de cidadãos insuspeitos serem colocados em perigo pela partilha de um espaço público é real, aparentemente estas pessoas são “algo perigosas”, não se impunha uma divulgação mais precisa dos locais e pessoas cuja companhia ou vizinhança evitar.
    Se os cidadãos que são obrigados a “partilhar espaços” com Hamas/Hezbollah correm risco de vida, não correm, também, alguns riscos os cidadãos de Pombal/Alcobaça que sem se aperceberem vivem “portas meias” com estes criminosos?

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