A rede das cidades criativas UNESCO foi criada precisamente há 20 anos. Em duas décadas, mais de 300 cidades de todo o mundo têm mobilizado a sua ação no desenvolvimento de programas e iniciativas de cooperação internacional, guiadas e unidas pela Criatividade como denominador comum e como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável.
Através desta extensa rede – que reúne cidades criativas da música, da literatura, da gastronomia, do artesanato e artes populares, do design e artes digitais, a UNESCO tem encorajado à criação de ecossistemas de inovação e de criação cultural bem como de capacitação dos agentes locais. Reconhece a UNESCO que estas cidades desempenham um significativo papel e que, por força da sua ação, os territórios e as pessoas que nele interagem beneficiam inequivocamente dos processos criativos, traduzindo-se na criação de valor económico e na resposta aos desafios das sociedades contemporâneas.
Leiria passou a integrar a rede das cidades criativas da UNESCO em 2019, num processo que resultou do reconhecimento da estratégia cultural do Município e da excelência do trabalho desenvolvido pelos agentes culturais do nosso território.
Muito foi feito e muito há por fazer. Os desígnios e os objetivos de uma cidade criativa UNESCO são sempre ambiciosos, a que acrescem os desafios societários.
É inquestionável o papel que a cultura e a criatividade assumem nos nossos dias, particularmente quando falamos de educação e de qualificação. Mas como a sociedade está em constante mudança, à cultura estão também acometidos novos e complexos desafios que se relacionam com a diversidade e a liberdade artística, a inclusão social, o reforço dos direitos socioeconómicos dos artistas e dos profissionais do sector ou a promoção da igualdade de género.
Através da Leiria Cidade Criativa da Música, com a inestimável cooperação e o envolvimento dos agentes e das estruturas culturais do nosso território, temos trilhado um percurso desafiante, num diálogo plural e participado.
Leiria é Música, bem evidente na dinâmica associativa que orgulhosamente constatamos e apoiamos. Onze bandas filarmónicas, vinte ranchos folclóricos, dezenas de coros, três conservatórios e escolas de música que granjeiam notoriedade nacional e internacional.
O futuro afigura-se desafiante, mas promissor, porque temos a garantia que neste território continuaremos a ter a música como elemento identitário e distintivo.
