A Câmara das Caldas da Rainha apresentou hoje uma visão estratégica para a cidade centrada na Habitação, Mobilidade, Infraestruturas, Saúde e Economia, que passa por investimentos superiores a 40 milhões de euros a realizar até 2030.
Afirmar Caldas da Rainha, no distrito de Leira, como “o Centro do Oeste”, é, segundo o presidente da autarquia, Vítor Marques (independente), o objetivo do executivo que, “entre obras em curso e outras a lançar”, tem em marcha investimentos que totalizam 40.924.427,09 euros.
O autarca, que assinalou hoje 36 meses de mandato com uma visita a projetos em curso e aos locais onde, nos próximos anos, serão implementados outros, destacou a requalificação da entrada norte da cidade, onde já foram investidos 430 mil euros na substituição da rede de águas pluviais e para onde estão previstos investimentos de 1,9 milhões de euros na abertura de uma nova circular que ligará esta entrada a uma zona de equipamentos, como um parque de estacionamento para pesados, junto à linha do caminho-de-ferro.
Este investimento permitirá “reabilitar a zona dos Texugos”, onde, com recurso a investimento público e privado será criado um parque fotovoltaico, uma estrutura para feiras e mercados ligados à agricultura e um campo de investigação nesta área.
Na zona será ainda criado um parque de “estacionamento gratuito, com 18 mil metros quadrados, num investimento de 405 mil euros”, anunciou Vítor Marques.
A requalificação da zona dos Texugos possibilitará a relocalização do atual mercado semanal e da Feira do 15 de Agosto, cujos terrenos a autarquia “vai destinar à construção de habitação”, tal com acontecerá no centro histórico da cidade, junto à igreja do Pópulo, onde a Câmara adquiriu “dois edifícios devolutos que serão destinados à construção de habitação jovem”, disse o presidente.
No campo da “melhoria de vida da população”, a autarquia tem também em curso investimentos superiores a 1 milhão de euros no Complexo Desportivo Municipal (entre os quais a criação de novos campos de ténis, a iluminação do Campo Luís Duarte e do Campo de Rugby e uma pista de tartan), estando dependente das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para avançar com a requalificação das Escolas Raul Proença e Bordalo Pinheiro, num investimento de cerca de 20 milhões de euros, dos quais a autarquia deverá suportar uma comparticipação de 1,5 milhões de euros.
Na lista dos equipamentos estão ainda previstos, entre outros, investimentos de 1,6 milhões de euros na construção de uma loja do cidadão, 1,5 milhões de euros na requalificação do Centro de Saúde e 1,4 milhões de euros na requalificação da biblioteca municipal.
Para Vítor Marques, “afirmar o território passa também por projetar”, pelo que a câmara está “a preparar dois importantes estudos: o Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico e o Plano Marca Caldas da Rainha”, a par de um investimento estratégico de ”cerca de 900 mil euros na implementação e desenvolvimento do Bairro Comercial Digital Caldas da Rainha”.
Em desenvolvimento está ainda o Estudo de Viabilidade Económica e Financeira do Hospital Termal das Caldas da Rainha (cedido pelo estado à autarquia) e a Carta Municipal de Habitação.
A Câmara das Caldas da Rainha é liderada pelo movimento independente Vamos Mudar, que elegeu, nas últimas eleições autárquicas, além do presidente, Vítor Marques, dois vereadores.
O executivo integra ainda três vereadores do PSD e um vereador eleito pelo PS, que se desvinculou do partido, mas manteve o cargo.