O Politécnico de Leiria anunciou na quinta-feira, dia 14, a preocupação em dar apoio acrescido a estudantes migrantes, refugiados e em situação de vulnerabilidade, através de estratégias definidas no projeto SAPE 2.0.
“Assente no modelo ‘stepped care’, que passa por desenvolver estratégias e atividades preventivas no âmbito da saúde mental, da integração e acolhimento, e do combate ao estigma social em saúde mental”, o Politécnico de Leiria tem vindo a desenvolver junto dos alunos competências sócio emocionais, desenvolvendo “intervenções específicas a grupos de estudantes mais vulneráveis”, disse o presidente daquela instituição de ensino superior, Carlos Rabadão, na cerimónia de abertura oficial do ano letivo.
Estas medidas em vigor, que passam por consolidar a figura do gestor de caso e a manutenção do cartão de crédito de horas, dão a possibilidade aos alunos sinalizados “terem um maior apoio por parte dos docentes”.
Carlos Rabadão sublinhou que o projeto abrange ainda estudantes com necessidades educativas específicas e garante uma “articulação interinstitucional com as estruturas existentes do Sistema Nacional de Saúde”, nomeadamente ao nível da saúde mental.
O presidente afirmou que o compromisso da instituição é “contribuir para a construção de uma sociedade inclusiva, inovadora e reflexiva, suportada no ensino e na formação contínua”, pelo que avançaram, no início deste ano letivo, com o projeto EPIC – Excelência Pedagógica e Inovação em Cocriação.
Desenvolvido por um consórcio que integra seis instituições de ensino superior – politécnicos de Leiria, do Cávado e Ave e de Viana do Castelo e universidades da Beira Interior, de Aveiro, e do Minho – o EPIC “visa melhorar a experiência dos estudantes, através do reforço de competências dos professores para desenvolver ambientes e processos de ensino e aprendizagem mais inovadores e digitais”.
Neste sentido, está também em execução o projeto ‘Skills4Digital’ com o objetivo de “reforçar as competências digitais de jovens e adultos de áreas não CTEAM [Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática] e que prevê a criação e a reabilitação de vários laboratórios”, que servirão também para “lecionar formações de curta duração nas áreas das competências digitais, em modo de ‘b-learning’, recorrendo a materiais digitais e práticas pedagógicas inovadoras”.
Carlos Rabadão revelou ainda que no presente ano letivo irá “dar início ao processo de formalização do pedido de criação da Universidade de Leiria e do Oeste” e aguarda ainda a acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) do doutoramento em Engenharia Sustentável de Produto e Processos, a ser outorgado pelo Politécnico de Leiria.
Para Carlos Rabadão, o Politécnico de Leiria “tem reunidas as condições para se constituir como universidade, capaz de adicionar à formação de excelência de base politécnica novas formações igualmente de excelência de base universitária”.
Em março de 2025, serão submetidas às A3ES propostas de criação de novas ofertas formativas de doutoramento, nomeadamente nas áreas da Economia do Mar, da Sustentabilidade e do Desporto, revelou.
Foi ainda anunciado que os resultados do trabalho desenvolvido pela Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria e Oeste, iniciada em 2023, serão divulgados no primeiro trimestre de 2025, onde se conhecerão “centenas de projetos-piloto considerados estruturantes para a região”.
