A urbanização Nova Leiria e a zona histórica entre a Praça Rodrigues Lobo e o Largo do Gato Preto foram das áreas mais afetadas pela chuva forte que caiu nas últimas horas deste domingo, dia 24, na região de Leiria.
Os prejuízos mais significativos conhecidos até ao momento (23h00) atingiram, precisamente, estabelecimentos comerciais localizados entre a Praça Rodrigues Lobo e o Largo do Gato Preto (Largo Paio Guterres).
Há proprietários e funcionários a proceder à limpeza de lojas e a retirar água, nalguns casos recorrendo a baldes, tal a quantidade que se acumulou.
A Rua da Graça e a área junto à igreja do Espírito Santo, bem como a Rua Comissão da Iniciativa e a estrada para os Marrazes – em ambas saltaram tampas de saneamento -, encontram-se entre as zonas afetadas pela chuva intensa.
Segundo o Comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, às 22h25 estavam sinalizadas 14 ocorrências na zona de Leiria.
“Quase todas as ruas [da cidade] estão ou já estiveram inundadas, mas não há registos com gravidade. Não há desalojados, não há feridos, nem danos de quedas de árvore em viaturas”, explicou uma fonte do comando sub-regional.
Não há indicação de cortes de trânsito, acrescentou.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as zero horas e as 20 horas deste domingo 381 ocorrências relacionadas com o vento forte, sem vítimas, sendo a região de Coimbra a mais afetada.
Pelas 20h00, José Costa, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), referiu que a maior parte das ocorrências verificadas em todo o país foram quedas de árvores (191) e quedas de estruturas (161).
“Nestas ocorrências foram empenhados 1.367 operacionais e 541 meios terrestres”, adiantou.
De acordo com o responsável da ANEPC, a região de Coimbra foi a mais afetada do país, ao registar o maior número de ocorrências na sequência dos ventos fortes (119), seguindo-se a Área Metropolitana do Porto (64), Beiras e Serra da Estrela (41) e Leiria (29).
Mais a sul, na Península de Setúbal foram registadas 24 ocorrências, sendo que uma delas, ocorrida no concelho de Palmela, causou danos na estrutura de uma habitação, tendo o morador ficado desalojado.
José Costa ressalvou ainda que não foram registados, até ao momento, feridos.
Nas próximas horas, a Proteção Civil prevê que o vento forte dê lugar a situações de precipitação, por vezes forte.