A história da produção artística nas Caldas da Rainha vai ser mostrada numa exposição que abarca 74 anos de obras de arte, para ver na Escola de Arte e Design e no Centro de Artes da cidade.
Intitulada “74 x Caldas = Uma Ideia Clara?” a exposição pretende ser “uma reflexão sobre a identidade e a memória do trabalho artístico individual e coletivo produzido ou apresentado nas Caldas da Rainha, percorrendo 74 anos (de 1950 a 2024)”, divulgou o Centro de Artes das Caldas da Rainha.
A mostra que conta a história das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, através da coleção da Caixa Geral de Depósitos (CGD), será inaugurada no dia 28, na biblioteca da Escola Superior de Arte e Design (ESAD.CR) com uma instalação do artista Carlos Bunga.
Seguir-se-à uma visita guiada pela equipa curatorial ao Centro de Artes das Caldas da Rainha, com passagem pelo Museu Leopoldo de Almeida, pelo Atelier-Museu António Duarte e pelo Espaço Concas, onde estarão patentes instalações dos coletivos artísticos Pizz Buin e Sara & André.
A exposição parte de uma seleção de obras da Coleção da CGD “de artistas que têm, ou tiveram, contacto com as Caldas da Rainha e que permitem contar uma história da arte e dos acontecimentos artísticos em Portugal a partir desta cidade”, pode ler-se na informação enviada à agência Lusa.
Em foco estarão episódios históricos como o Estúdio Secla (1950-1960), o Caldas 77:IV Encontros Internacionais de Arte em Portugal, a Bienal Internacional de Escultura das Caldas (1985-1997), a criação da ESTGAD/ESAD.CR (1990), a Galeria dos 30 Dias (2000), o Jardim da Água (décadas de 90 a 2000), o Caldas Late Night (1997-2024) e o Slow Motion (2000-2003).
A exposição conta com 43 obras da Coleção da CGD, assinadas por 25 artistas: Adriana Proganó, Albuquerque Mendes, Ana Vidigal, Ana Vieira, Armanda Duarte, Bartolomeu Cid dos Santos, Bruno Pacheco, Catarina Lopes Vicente, Clara Menéres, Fernando Travassos, Filipa César, Francisco Queirós, Hansi Staël, Hugo Canoilas, João Gabriel, João Paulo Feliciano, Jorge Queiroz, Júlio Pomar, Luís Ferreira da Silva, Paulo Quintas, Pedro Cabrita Reis, Pedro Diniz Reis, Ricardo Jacinto, Von Calhau!, Zé Júlio.
Artistas ou coletivos cujos percursos se iniciaram na ESAD.CR e cuja obra é omissa da Coleção da CGD, como Carlos Bunga, Pizz Buin e Sara & André, produziram obras especificamente para a exposição.
Para a organização, a mostra “é também um exercício pedagógico” que propõe uma reflexão sobre a identidade e a memória do trabalho artístico individual e coletivo produzido ou apresentado nas Caldas da Rainha, percorrendo 74 anos de uma cidade considerada “um incontornável centro de produção artística contemporânea”.
Com curadoria coletiva dos estudantes da turma 2023/2024 da Licenciatura em Programação e Produção Cultural da ESAD.CR/IPLeiria, a mostra estará patente até ao dia 3 de março de 2025, encerrando às terças-feiras e feriados.
A biblioteca da ESAD.CR estará encerrada de 23 de dezembro de 2024 a 1 de janeiro de 2025.