A Tekever conseguiu um financiamento de 70 milhões de euros, proveniente de diversos investidores, entre os quais o Fundo de Inovação da NATO, na semana em que se cumpriram mil dias de guerra na Ucrânia, país ao qual a empresa das Caldas da Rainha tem fornecido equipamento.
O Fundo de Investimento Estratégico de Segurança Nacional do Reino Unido e a Crescent Cove Advisors LP, uma empresa de investimentos de Silicon Valley com experiência em defesa, são outros dos apoiantes da ronda de financiamento.
O investimento, anunciado na quarta-feira, dia 20, destina-se “a apoiar o crescimento sustentável e facilitar a expansão geográfica para mercados prioritários [como os EUA], a inovação contínua de produtos e o aumento da capacidade de produção”, explicou a Tekever, que tem o centro de engenharia – o coração do fabrico de drones – nas Caldas da Rainha.
“Como parte do seu plano de crescimento”, a empresa, que “já é rentável, irá acelerar os investimentos em investigação e desenvolvimento para apoiar a inovação, melhorar” os drones “existentes e desenvolver novas linhas de produtos”, explica em comunicado.
O objetivo “é garantir que a sua tecnologia continue a liderar num cenário técnico em rápida evolução. Irá também expandir a sua capacidade global de produção, entrega e suporte, de modo a responder à crescente procura pelos seus produtos e serviços”, acrescenta.
O representante do Fundo de Inovação da NATO, Patrick Schneider-Sikorsky, referiu que “as tecnologias de sistemas aéreos não tripulados são essenciais para o avanço da defesa, segurança e resiliência”, adiantando que “a tecnologia da Tekever está a revolucionar os sectores de defesa, inteligência comercial, vigilância e reconhecimento”.
Também na semana passada, passaram mil dias da invasão da Ucrânia pela Rússia. A este propósito, Ricardo Mendes, CEO da Tekever, reafirmou “o compromisso de apoiar as forças ucranianas na sua luta pela soberania”, frisando que a empresa “tem orgulho de colaborar”, fornecendo drones para “missões críticas de reconhecimento e vigilância de longo alcance” desde a primavera de 2022.