A Câmara de Pedrógão Grande, no norte do distrito de Leiria, aprovou ontem, por maioria, o orçamento para 2025, no valor de 15,6 milhões de euros (ME), disse o presidente do município, António Lopes.
“Continua o apoio à natalidade e, novo, comparticipação na renda e despesas de transporte (quilómetros) para médicos”, afirmou António Lopes (PSD), adiantando que os impostos municipais não sofrem alterações no próximo ano.
O orçamento deste ano é de 14,7 milhões de euros.
Na nota de abertura que acompanha o orçamento e grandes opções do plano para 2025, o autarca assinalou que, numa “conjuntura de incerteza, onde os custos com a interioridade mais se fazem sentir, as propostas assentam numa perspetiva de crescimento e desenvolvimento económico do concelho”.
Segundo António Lopes, as propostas atuam em áreas como o apoio à natalidade, às instituições e associações, assim como à “criação de condições para a instalação de empresas” e, por essa via, à “criação de emprego, à facilitação da mobilidade e melhores condições de acesso à saúde”.
No caso específico do turismo, o presidente do município realçou, no mesmo documento, que o investimento público é “direcionado para a criação de infraestruturas e instalação de equipamentos de turismo e lazer”, para “incrementar a diversificação da oferta turística” num programa de atividades todo o ano.
Quanto às principais obras programadas neste sector sobressaem o Programa Integrado de Valorização Turística da Albufeira do Cabril, com a finalização da reconversão de uma antiga estação de tratamento de água para centro náutico, a requalificação do e do acesso ao centro náutico, e o posto de vigilância náutico.
Por outro lado, apontou a candidatura aprovada para os Bairros Digitais (investimento de quase meio milhão de euros), para “aliar a inovação tecnológica ao reforço da competitividade da economia local”.
António Lopes realçou também, para a floresta, um conjunto de programas – Condomínios de Aldeia, mosaicos florestais, Áreas Integradas de Gestão da Paisagem e faixas de gestão de combustível -, para tornar o território “economicamente sustentável e mais resiliente aos fogos”.
Para 2025, o presidente da Câmara garantiu a apresentação da Carta Municipal de Habitação e referiu que ao abrigo do 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, está previsto um investimento de 437 mil euros na compra, construção ou reabilitação de imóveis para arrendamento acessível.
Na educação, o destaque é o início da requalificação da Escola Básica Miguel Leitão de Andrada, pelo valor de 2,7 milhões de euros e, nos anos seguintes, 2,8 milhões de euros, enquanto nos transportes há um “aumento significativo” do investimento, de 62% para cerca de 1,2 milhões de euros, segundo o documento, que mantém inalterados os impostos municipais do corrente ano.
À agência Lusa, o vereador do PS Luís David justificou o voto contra por a oposição não ter sido ouvida na elaboração do orçamento, assumindo, ainda, a existência de divergências com a maioria social-democrata na “necessidade de mais investimento na educação e saúde”.