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Leiria

Conferência em Leiria revela projetos das ciências e artes dos videojogos

Conferência internacional decorre na ESTG na quinta e sexta-feira e tem como “um dos maiores objetivos” o reforço da ligação da academia às empresas, além da publicação de trabalho científico

A 14.ª Conferência Internacional sobre Ciências e Artes dos Videojogos começa esta quinta-feira, dia 5, na Escola Superior de Tecnologias e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria, com o tema “Molde o futuro: explorando o entretenimento interativo de hoje e de amanhã”.

A iniciativa está dividida em três partes essenciais: científica, demonstrações e a participação de empresas, contando, entre os seus objetivos, o reforço da aproximação da academia à indústria.

O primeiro aspeto relevante relaciona-se com o facto de a conferência “permitir a publicação num sítio fidedigno de trabalho científico, que tem de ser revisto por pares, ou seja, pessoas que investigam na área. E a importância advém de ser focada nos tópicos das artes dos videojogos”, explica o professor e investigador do Politécnico de Leiria, Roberto Aguiar Ribeiro, da comissão organizadora.

No entanto, para responder à procura e ao crescimento do mercado dos videojogos em Portugal, o segundo dia terá uma parte “menos científica e mais ligada à indústria, com a participação de empresas e autores de jogos, com a realização de mesas-redondas. Ou seja, queremos trazer para os estudantes a experiência da indústria e do que é trabalhar em videojogos”, explica.

O “contacto com a indústria” é também uma “oportunidade de ‘networking’, porque permite aos estudantes e profissionais conhecerem pessoas de diferentes meios”, num evento que conta com a participação de pelo menos 120 inscritos.

Um terceiro aspeto a destacar está relacionado com as demonstrações. A intenção da organização — 
o Centro de Investigação em Ciência da Computação e Comunicação (CIIC) do departamento de Engenharia Informática da ESTG, em colaboração com a Sociedade de Ciências dos Videojogos — é “mostrar o que de melhor” se faz no Politécnico de Leiria e tornar relevantes outros aspetos para além dos artigos e do correspondente trabalho teórico resultante da investigação.

Por isso, “haverá também uma sessão de demonstrações, uma parte mais prática dos artigos, mas também dos jogos feitos no Politécnico de Leiria. Estamos ainda a contar com a presença de estudantes de outras universidades, que também têm formação nas áreas dos videojogos ou cursos de informática, que acabam por ter projetos dentro do tema”, refere um professor do departamento de Engenharia Informática da ESTG e investigador do CIIC.

No cômputo geral, “um dos maiores objetivos” é reforçar a ligação da academia às empresas. “Os estudantes concluem a licenciatura e vão fazer trabalho técnico, mas há empresas que mantêm a ligação à academia, seja para receber estagiários ou para dar tópicos de investigação, e estamos mesmo a tentar sublinhar a importância dessa contínua junção”, explica.

Esta é a primeira vez que se realiza no Politécnico de Leiria e na região uma conferência internacional científica relacionada com as ciências e artes dos videojogos. E, como sublinha o investigador do Politécnico de Leiria, serão apresentados projetos “muito interessantes e jogos sérios, por exemplo, focados desde a terapia da fala ao planeamento urbano”.

Os principais palestrantes são Isabelle Arvers, uma artista, curadora e crítica francesa; Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles; Jesper Juul, um dinamarquês teórico de videojogos e desenvolvedor ocasional de jogos; e Patrícia Gouveia, uma artista, ‘designer’, professora e curadora portuguesa.

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