A Câmara Municipal de Alvaiázere aprovou o orçamento para 2025 no valor de 18 milhões de euros (ME), “o maior dos últimos dez anos”, apoiado em investimentos de fundos comunitários, com os votos contra do PS.
O documento “reflete um aumento de 80% em relação à média dos anos anteriores, demonstrando um compromisso sólido com o progresso e o desenvolvimento sustentável do concelho”, refere uma nota de imprensa da Câmara, liderada por João Paulo Guerreiro (PSD).
O executivo destaca o forte investimento na educação, “com a requalificação de uma escola, a maior obra de sempre no concelho, num valor superior a sete milhões de euros”.
“A captação de 11,5 ME em fundos comunitários reforça a capacidade de execução deste orçamento, colocando Alvaiázere em destaque a nível nacional. Esses recursos viabilizarão obras de modernização e reabilitação em todas as freguesias, contribuindo para um território mais sustentável”, sublinha a autarquia.
O orçamento mantém a “proatividade e apoio ao desenvolvimento das freguesias enquanto eixo estratégico primordial” para garantir o território como uma “referência no país”.
Segundo a Câmara de Alvaiázere, no distrito de Leiria, o plano de trabalhos permitirá “executar obras no valor de 13 ME”, prevendo-se “diversas reabilitações sustentáveis e a modernização por todas as freguesias do concelho”.
Considerando que a “estabilidade financeira tem sido um dos pilares deste executivo, que encara a gestão dos recursos públicos com rigor e responsabilidade”, a Câmara sublinha que continuará a “assegurar contas certas enquanto investe estrategicamente no futuro” do concelho.
“Este aumento no orçamento permite alavancar projetos transformadores que impactam diretamente a vida da comunidade”, lê-se no comunicado.
O Regulamento de Apoio à Natalidade entrará em vigor em 2025, promovendo o incentivo à fixação de famílias e apoiando a economia local através do estímulo ao comércio.
“Com um planeamento estratégico responsável e uma gestão financeira de excelência, a Câmara Municipal de Alvaiázere reafirma o seu compromisso em continuar a promover o crescimento contínuo, garantindo que o concelho permaneça uma referência nacional no desenvolvimento local”, acrescenta a nota de imprensa.
Na sua declaração de voto, enviada à agência Lusa, os vereadores do PS justificam o voto contra pelo facto de o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025 defenderem opções estratégicas com as quais não concordam.
“Este orçamento volta a espelhar uma aposta em eventos e festas de âmbito municipal que absorvem uma fatia considerável do orçamento municipal, sem que haja evidência de que tenham tornado o concelho mais dinâmico, atrativo e sustentável”, apontam os vereadores Carlos Simões e Abílio Miguel Carvalho.
Os socialistas discordam ainda da “execução de obras que constam do orçamento apenas de 2024 e outras de 2025 que já estão em curso e que foram realizadas com fundos próprios do município”.
“Consideramo-las importantes, mas já as considerávamos dessa forma antes das eleições autárquicas. Seria necessário inscrevê-las em orçamento apenas no final do mandato quando havia meios disponíveis de imediato para suprir as necessidades dos munícipes? Preocupa-nos ver espelhado o recurso a um empréstimo que, mais uma vez, peca por tardio, considerando-se as obras necessárias”, sublinham.
Para os autarcas do PS, o documento evidencia “uma gestão pouco atenta e empenhada em trazer mais investimento para o concelho e melhores condições de vida aos munícipes”.