Assim que a população “bateu pé” e disse, expressamente, que não queria a pesquisa e prospeção de caulino na União de Freguesias de Santiago e São Simão de Litém e Albergaria dos Doze, a Câmara de Pombal emitiu um documento de posicionamento ao lado da comunidade.
Nesse mesmo documento, a autarquia disse que iria “limitar e impedir novas explorações em terrenos que estejam classificados no PDM [Plano Diretor Municipal] como espaços de exploração florestal, que é a esmagadora maioria dos pedidos de prospeção que temos”.
Esta semana, a Câmara veio mudar o parecer que tinha atribuído inicialmente, passando de favorável condicionado para desfavorável.
Em comunicado, a autarquia salienta que está a ser “colocado em causa o equilíbrio entre a indústria extrativa, as populações e os ecossistemas locais, bem como a racionalidade de exploração das jazidas minerais do concelho de Pombal, em termos de sustentabilidade intergeracional e ambiental dos recursos geológicos existentes”.
“Percebemos o papel da indústria extrativa pela importância da matéria-prima para o desenvolvimento económico, progresso e bem-estar da nossa sociedade”, no entanto, “essas explorações devem obedecer a regras, respeitar a preservação dos nossos recursos naturais e ter o menor impacto possível junto das nossas populações”, frisou o presidente da Câmara, Pedro Pimpão.
Para o vereador da oposição, Luís Simões, esta foi mais uma “medida tardia” do PSD e critica o facto de não ter sido elaborada “com o envolvimento direto da população”.
O pedido de atribuição e direitos de prospeção e pesquisa de caulino está neste momento em análise no portal Participa.pt. Note-se que também está em análise um pedido semelhante na área Relvão, na Redinha.
