A atividade do Orfeão de Leiria em cada ano é considerável. “Só no ano passado, entre recitais, audições de finalistas, workshops, cursos de formação de orquestra e coros e outras apresentações públicas, organizámos cerca de 220 eventos”. Este ano será na mesma escala, mas com algumas novidades. Uma das mais relevantes é “Resistência e Afirmação Cultural”, que envolve Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal.
O objetivo é investigar e recriar manifestações artísticas na área da dança, música e teatro que ocorreram antes e depois do 25 de Abril de 1974, que estão relacionados com os 50 anos da Revolução e, também, com os 50 anos de libertação colonial dos países de língua portuguesa pelo mundo.
O Orfeão de Leiria é a associação que representa Portugal neste desafio que pretende analisar o papel das artes na transformação de Portugal e daqueles países antes e depois do 25 de Abril, através de uma série de cruzamentos entre países.
O Conservatório de Leiria tem uma equipa dedicada à iniciativa, que está a desenvolver um projeto original, de cerca de uma hora, que consiste numa recriação contemporânea a partir da cultura tradicional de São Tomé e Príncipe.
“Resistência e Afirmação Cultural” é apoiado pelo ProCultura, projeto financiado pela União Europeia, gerido e cofinanciado pelo Instituto Camões e Fundação Calouste Gulbenkian.
As diversas entrevistas a protagonistas, investigações sobre música, dança e teatro e sete espetáculos originais – um por cada país – vão, no final, integrar uma biblioteca digital a disponibilizar online.
