Em 1827, a inglesa Julia Pardoe viveu uma temporada em Portugal, escrevendo sobre o país, as paisagens, as pessoas, os cultos religiosos e as lendas. Como com outros visitantes estrangeiros, o Mosteiro da Batalha exerceu um fascínio especial sobre a escritora de viagens, que regressou várias vezes ao monumento, escrevendo bastante sobre ele. Um dos seus escritos regista a lenda do Frei Lourenço Sardinha, “o frade assassino”, que é adaptada para o teatro de fantoches a apresentar no Mosteiro da Batalha, pela primeira vez ao público em geral, no domingo, dia 26.
“A visita da menina Júlia” é uma atividade de mediação cultural do Mosteiro da Batalha, inspirada na passagem de Julia Pardoe pelo monumento. Júlia e o frei Lourenço são “chamados” para este teatrinho que dura cerca de 20 minutos, prosseguindo depois os participantes numa visita aos espaços referidos no espetáculo: a igreja, a Capela do Fundador ou a Sala do Capítulo.
A técnica do Mosteiro da Batalha, Júlia do Rosário, explica que o objetivo é despertar os mais novos para o patrímónio. “A intenção é que eles fixem alguns pormenores do monumento, para depois se interessarem por este sítio espetacular e regressarem com os pais”.
Para crianças dos 6 aos 12 anos, acompanhadas por familiares, a peça tem entrada gratuita, com inscrição em formulário online disponível na página de Facebook do Mosteiro da Batalha até hoje, 23 de janeiro. O ponto de encontro é no domingo, junto às Capelas Imperfeitas, às 15h30.
