O presidente da Câmara de Castanheira de Pera, o socialista António Henriques, é recandidato ao cargo nas eleições autárquicas deste ano, para continuar o projeto iniciado em 2021, disse hoje o próprio à agência Lusa.
“Estes ciclos autárquicos de quatro anos são sempre muito curtos para concretizar projetos e, portanto, esta recandidatura pretende ser um seguimento daquilo que está a ser feito”, afirmou António Henriques.
O cabeça-de-lista do PS explicou que o “principal motivo” da recandidatura “tem a ver com a continuidade de uma série de investimentos e de projetos que têm como principal objetivo o desenvolvimento do concelho de Castanheira de Pera”.
“Este é um projeto de continuidade, é um projeto a médio e longo prazos, e os quatro anos não chegam, naturalmente, para concluir algumas dessas ações, que estão algumas em curso, outras por iniciar e algumas já finalizadas”, adiantou.
Nas eleições autárquicas de 2021, a candidatura socialista ganhou o município aos sociais-democratas por meia centena de votos. PS e coligação PSD/CDS-PP conseguiram, cada um, dois eleitos, enquanto o movimento independente “Mudar Castanheira 21” alcançou um mandato.
“O movimento independente (…), até porque as propostas de manifesto eleitoral eram muito semelhantes, tem contribuído positivamente para a execução daquilo que estamos a fazer”, considerou o candidato.
Deixando uma “palavra de apreço” aos eleitos daquele movimento, António Henriques destacou que “tiveram essa leitura de necessidade de contribuir, positivamente, para a execução de um projeto, que é um projeto de todos”.
No sufrágio deste ano, o socialista, de 46 anos, quer alcançar a maioria absoluta, realçando a necessidade de estabilidade.
“O objetivo é ter uma maioria absoluta, confortável, que nos dê essa garantia de trabalho”, declarou.
Se for reeleito, António Henriques traçou como prioridades as áreas da economia e da habitação.
“O desafio mantém-se, é demográfico, a grande prioridade é economia e habitação”, disse, defendendo que o concelho necessita de mais espaços com condições para conseguir acolher mais empresas “associado a esse objetivo de crescimento demográfico que já está a acontecer”.
“A habitação também é um desafio. Acabam por ser duas prioridades muito, muito importantes, até para a continuidade, a longo prazo, destes territórios”, observou, assegurando que, “sem dúvidas, estas duas áreas serão essenciais e serão alvo de muito trabalho no próximo mandato autárquico”.
Sobre o atual mandato, António Henriques faz um “balanço muito positivo”.
“Acho que estes três anos são muito favoráveis, são muito positivos para o nosso concelho, em todas as áreas”, referiu, elencando também a educação, a ação social, o turismo e a floresta.
Para o cabeça de lista, este é um trabalho que não pode ser interrompido.
“Não podemos parar com esse trabalho e o passado bem recente deu-nos provas de que, muitas vezes, quando mudamos ciclos políticos, interrompem-se projetos e não estamos nesse tempo, e, portanto, há que os continuar”, acrescentou.
Entre 2011 e 2021, anos das duas últimas operações censitárias, Castanheira de Pera foi o concelho do distrito que mais perdeu população em termos percentuais (-17,11%). Este concelho, o de menor dimensão do distrito (66,86 quilómetros quadrados), que em 2011 tinha 3.191 residentes, passou para 2.645 habitantes, segundo o Instituo Nacional de Estatística.