A Linha de Alta Velocidade (LAV) pode criar uma “nova centralidade” e originar, em Leiria, a terceira “área metropolitana” do país, se a oportunidade for aproveitada em termos de planeamento urbano pelas autarquias da região de Leiria, concluíram participantes na conferência “Alta Velocidade: o fator-chave da mobilidade”.
O encurtamento do tempo de viagem entre Leiria e Lisboa (30 minutos) e Porto (45 minutos) foi outro aspeto realçado durante o evento, que decorreu na manhã desta sexta-feira, dia 31, na Estação Ferroviária de Leiria. Este facto atrairá e afastará muitas pessoas, que passarão a residir muito mais longe do local de trabalho do que atualmente.
A localização da estação de Leiria (renovação da atual ou construção de uma nova na Barosa) também foi debatida, assim como a reabilitação da Linha do Oeste.
A iniciativa reuniu especialistas, empresários, autarcas e responsáveis nacionais pela implementação do projeto, além de representantes da gestão da ferrovia.
No decurso da conferência, Gonçalo Lopes, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e do Município de Leiria, abordou “O impacto da Alta Velocidade no futuro da região”, e Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, explorou o tema “Alta Velocidade Ferroviária: uma nova mobilidade para a Região de Leiria”.
As intervenções seguintes estiveram a cargo de José Rui Raposo, porta-voz da Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, que falou sobre “A Linha do Oeste como prioridade”, e de Manuel Tão, investigador e especialista em economia e planeamento de transportes, que se focou em “A Rede Ferroviária e a Alta Velocidade”.
O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, apresentou “O projeto da LAV enquanto prioridade do Governo” e, para encerrar a conferência, foi gravado ao vivo o podcast Sobre Carris, do jornal Público.
O essencial das intervenções de cada orador será publicado num trabalho especial que o REGIÃO DE LEIRIA divulgará na sua próxima edição, na quinta-feira, dia 6.