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Música

SAMP recorda Margarida Korrodi com ciclo de piano a partir de 2026

Talentos nacionais e internacionais, bem como jovens pianistas, vão passar pela sede da SAMP e pelo Auditório dos Pousos, a inaugurar este ano.

O ciclo foi anunciado no recital com que a SAMP assinalou, em janeiro passado, os 94 anos da pianista Margarida Korrodi Foto: SAMP

A memória de Margarida Korrodi (1931-2021) será lembrada pela Sociedade Musical Artística dos Pousos (SAMP) num ciclo de piano que arranca em 2026. A pianista, que doou um piano à instituição e dá nome a uma das salas da sede da SAMP, é incontornável no ensino da música em Leiria. O ciclo, explicou Alberto Roque ao REGIÃO DE LEIRIA, “será uma forma de perpetuar o seu nome e a dedicação que teve a esse instrumento ao longo de toda a sua vida”.

O ciclo arranca em janeiro, coincidindo com o mês de nascimento de Margarida Korrodi, levando tanto à SAMP como ao futuro Auditório dos Pousos, “talentos nacionais e internacionais do piano”.

Será ainda dada a oportunidade a jovens pianistas para se apresentarem em recitais a solo ou em agrupamentos de câmara e haverá concertos em que o piano será solista com formações orquestrais variadas, antecipa o diretor pedagógico. “Um dos objetivos é também apresentar o instrumento em diferentes estilos musicais, não restringindo apenas o ciclo à música erudita”.

Alberto Roque recorda que Margarida Korrodi foi professora de Educação Musical do ensino básico. “Muitos leirienses lembrar-se-ão – pelo menos uma determinada geração -, no entanto, nem todos terão consciência que ela era também uma exímia pianista, que infelizmente não fez uma carreira devido aos tempos em que viveu e provavelmente pelas opções que fez ao nível familiar”. Apesar disso, dedicou-se ao piano e, até, um pouco à composição.

“São exemplo disso a ‘Elegia’ dedicada ao seu avô Ernesto Korrodi. Recordar o seu nome é recordar a cultura da nossa região e preservar essa memória para futuras gerações”, salienta Alberto Roque. O ciclo em preparação relembra um nome do passado da música de Leiria, contribuindo para “assegurar que o futuro [da música] será mais forte, bem ancorado em todo o trabalho e dedicação que gerações anteriores realizaram em prol da nossa cultura regional”.

E hoje, como encararia Margarida Korrodi o ensino da música e a projeção que a música ganhou em Leiria? Alberto Roque não tem dúvidas:

“Estaria orgulhosa de ver que vários dos seus alunos – estou à vontade para dizer isto pois nunca fui seu aluno – se apaixonaram por essa arte dos sons e souberam criar projetos que têm enriquecido a nossa região e também o panorama nacional”.

A música, recorda o maestro, “sempre teve uma presença forte em Leiria”. A cidade teve o privilégio de ouvir grandes vultos da música nacional e internacional durante os anos 50 e 60.

“No entanto”, acrescenta, “houve um certo ‘vazio’ após essas décadas e só nos últimos 20 anos é que voltámos a recuperar algum fôlego numa programação mais regular, no que diz respeito à área da música erudita”.

Alberto Roque defende que, hoje, “Leiria está mais atenta para a matéria-prima que a nossa região possui e o público leiriense tem mais contacto com os seus artistas locais”.

“Isso é muito positivo e importante manter no futuro. Por isso, relembrar os nomes do passado é também assegurar que o futuro será mais forte, bem ancorado em todo o trabalho e dedicação que gerações anteriores realizaram em prol da nossa cultura regional”, concluiu.

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