O compositor e pianista Daniel Bernardes, de Alcobaça, anunciou para breve o lançamento de dois novos discos em que aplicará a técnica multi-tempi, “música composta por duas ou mais linhas com tempos internos distintos e a sua utilização em arranjo e improvisação jazz”, explicou o próprio, numa publicação no Facebook.
A opção criativa é assumidamente influenciada por compositores C. Ives, C. Narcarrow, G. Ligeti, K. Stockhausen e S. Reich, “para citar alguns”, e decorre de vários anos de exploração de Daniel Bernardes.
Um dos álbuns chama-se “Clockwork” e envolve novamente o compositor e pianista de Alcobaça com os Drumming GP, dirigidos por Miquel Bernat, agrupamento com o qual já trabalhou no disco “A liturgia dos pássaros”, lançado em 2019. O projeto “Clockwork” é “uma homenagem a [György] Ligeti” e já chegou a palco no final de 2024, quando Daniel Bernardes e os Drumming GP atuaram no festival Guimarães Jazz.
O outro trabalho tem como título “Quodlibet”, “um conjunto de colagens em torno da música de J.S. Bach e um arranjo multi-tempi do famoso ‘Largo do Concerto para Teclado nº5’”. Para este disco, Daniel Bernardes formou um super-grupo jazz constituído por Ricardo Toscano, Joel Silva, Demian Cabaut e João Barradas.