O que se faz quando se regressa de uma viagem de bicicleta de 42 mil quilómetros? Descansar não estava nos planos de Nuno Pedrosa e Joana Oliveira. Porquê? “Esta forma de vida vicia. Quando podemos percorrer o mundo sem horários e sem rotinas, não queremos fazer mais nada”, afirma Joana.
Há vários anos que os dois leirienses acalentam o desejo de viajar pelo mundo e conhecer novos países e novas culturas. Tiveram uma primeira experiência, entre 2006 e 2009, quando percorreram o continente americano de bicicleta, que os oficializou como companheiros. Mas não foi suficiente.
Regressados a Londres, onde estão emigrados, rapidamente começaram a juntar dinheiro para nova viagem. Desta vez, a oriente. Os bilhetes de avião para o ponto de partida (Christchurch, na Nova Zelândia) foram comprados em Maio passado e desde então sentiram que “não havia volta a dar”. Na última terça-feira, dia 10 de Janeiro, montaram as bicicletas e percorreram os primeiros dos cerca de 40 mil quilómetros que esperam fazer.
“Será um regresso às origens, pelo país mais próximo do antípoda de Portugal. Começamos por aí e vamos passar por países que nos despertam alguma curiosidade e que fazem parte da viagem de qualquer aventureiro: Austrália, Timor, Vietname, Laos, China, Mongólia, Índia, Paquistão,… enfim, serão tantos os que queremos visitar”, explicou Nuno Pedrosa ao REGIÃO DE LEIRIA, entre um café e um raio de sol, na Praça Rodrigues Lobo, dias antes de partir. “E o regresso só faz sentido se for a Leiria”, realça.
Avião, cavalo e tuk tuk
Outra característica que distingue esta viagem da anterior é o meio de transporte utilizado. A bicicleta será fundamental na primeira parte do trajeto, mas à chegada à China e à Mongólia, será substituída pela mota e o cavalo.
“Queremos adaptar-nos também à realidade local. Gostávamos muito de percorrer a Mongólia a cavalo. Temos previsto passar dois meses lá. E na Índia, gostávamos de fazer o país de tuk tuk [espécie de taxi-mota]”, justifica Nuno, que se orgulha de mostrar o passaporte cheio de carimbos. “Infelizmente não vou conseguir colocar todos os carimbos no mesmo passaporte e vou ter de fazer outro durante a viagem”, refere.
Há ainda o barco, para a travessia entre as ilhas na Indonésia, o avião, entre a Nova Zelândia e a Austrália, e muita vontade de começar a aventura.
“Uma das partes mais complicadas da viagem será a travessia do deserto na Austrália. São quase três mil quilómetros em deserto e sabemos que aí vai ser complicado. Estamos preparados”, salienta Nuno Pedrosa.
Leia mais na edição de 13 de Janeiro de 2012 (páginas 50 e 51) e consulte o diário da viagem dos dois leirienses aqui.
Marina Guerra (texto)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Sérgio Claro (fotos)
antonio melo disse:
força nuno e joana ..a comunidade portuguesa en londres esta com voçes
Viajar... disse:
Nossa, muito bacana! Tiro o chapeu, me falta a coragem de fazer uma viagem assim, mas vontade teria… Vou ver o relatório completo agora, muito bacana!
LPE disse:
So falta mesmo o link para seguir a viagem:
http://www.globonautas.net/
rleiria disse:
Obrigado pela contribuição. O link está mesmo no fim do texto!