A Câmara de Alcobaça informou hoje que a autarquia está a ser investigada pela Judiciária, mas sublinha que a investigação, que incide sobre uma empresa municipal e outra de construção, é referente à gestão do anterior executivo.
“As buscas efetuadas estão enquadradas numa investigação referente ao anterior mandato, que incide sobre a Empresa Municipal Terra de Paixão e o seu parceiro privado MRJ, responsável pela construção dos Centros Escolares de Alcobaça e Benedita e pelo pavilhão gimnodesportivo de Évora de Alcobaça”, informou hoje a Câmara, na sequência das buscas realizadas na quinta-feira, dia 19.
Fonte próxima da presidência disse à Agência Lusa que a investigação “incide apenas sobre a parceria público privada” firmada entre a empresa municipal e a MRJ no ano de 2007, quando “a Câmara era gerida pelo anterior executivo”, liderado por Gonçalves Sapinho.
As notícias veiculadas por órgãos de comunicação social, sobre as buscas realizadas pela Polícia Judiciária, levaram hoje a autarquia a emitir um comunicado, em que assegura que “nessas buscas não foram apreendidos quaisquer documentos ou dados informáticos” e que o município “aguarda com serenidade o desenrolar das diligências, que nada têm a ver com a gestão do atual mandato, desta Presidência”.
No documento, o presidente da Câmara, Paulo Inácio, recorda ainda que teve conhecimento da investigação “em 2010”, altura em que determinou a realização de “um inquérito de averiguação, a realizar por uma comissão técnica constituída por dois economistas e um jurista”.
O relatório, concluiu o documento, “foi tornado público e entregue aos órgãos competentes”.
A Agência Lusa tentou obter mais esclarecimentos junto do autarca, mas não conseguiu qualquer resposta.